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Reunião termina sem acordo e metroviários devem parar na quinta

Novo encontro entre Metrô e funcionários no Tribunal Regional do Trabalho está marcado para esta quarta

Por Caio do Valle
Atualização:

SÃO PAULO - Mesmo com a presença do secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a audiência de conciliação entre metroviários e o Metrô avançou pouco na tarde desta segunda-feira, 2, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da Segunda Região, na região central. Com isso, a tendência é de greve da categoria na quinta-feira, 5.

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Uma nova reunião no TRT está marcada entre as duas partes para as 11 horas de quarta-feira. Será o último encontro antes da assembleia definitiva do Sindicato dos Metroviários, marcado para o fim da tarde, quando será votada a paralisação da categoria.

O presidente da entidade, Altino de Melo Prazeres Júnior, afirmou que as expectativas de avanço nas negociações foram frustradas na audiência desta segunda. Isso, porque o Metrô não aumentou a proposta de reajuste salarial aos metroviários, que continuou nos 7,8% oferecidos na semana passada. 

O secretário Fernandes, à frente da pasta que controla o Metrô, falou que sua presença simboliza o interesse do governo do Estado em evitar a greve. A desembargadora Ivani Contini Bramante cobrou o secretário ao fim da sessão. "Tenha empenho especial para que tudo dê certo", disse a magistrada, que afirmou ainda que espera uma proposta maior por parte do Metrô na próxima negociação. 

Na semana passada, o TRT sugeriu que a empresa ofereça um reajuste salarial de 9,5%, patamar que os metroviários ainda consideram insuficiente. A categoria indica que haverá greve na quinta-feira, uma semana antes da abertura da Copa do Mundo em São Paulo, caso o Metrô não pratique um aumento maior do que 10%. Inicialmente, os trabalhadores pediam 35,4%.

O sindicato também se mostrou disposto a trabalhar normalmente durante a greve caso o governo os autorize a liberar as catracas nesse dia, para que a população não seja prejudicada. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), no entanto, descartou essa hipótese na última semana.

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