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Ressaca leva ondas de 3 m à orla carioca

Poder público instalou 50 famílias no Laboriaux, no alto da Rocinha, e agora quer retirar todos os moradores do local

Por Talita Figueiredo
Atualização:

A frente fria com chuva forte, além de tragédia para o Rio, trouxe também ressaca, com ondas de mais de 3 metros de altura desde quinta-feira. Ontem, a ressaca chegou ao auge, provocando a interdição de ruas e o fechamento do Aeroporto Santos Dumont pela manhã. O mar revolto atraiu cariocas e turistas que pararam para admirar o espetáculo da natureza e surfistas que se aventuraram nas fortes ondas. Alerta. A Marinha prorrogou o alerta para ressacas até a noite de hoje, uma vez que as ondas comprometem a navegação para alguns tipos de embarcação. A ressaca é provocada por um ciclone extratropical. Um fenômeno como esse acontece de dez em dez anos, segundo Luiz Guilherme Aguiar, doutorando em engenharia costeira pelo programa de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Segundo ele, geralmente, as grandes ressacas do Rio são provocadas por ventos do sul ou do sudoeste. Neste caso, as ondas vêm do sudeste - que é a única direção que entra na normalmente calma e abrigada Baía de Guanabara. A água engoliu a areia, o calçadão e parte do asfalto de Copacabana. O mesmo aconteceu no Aterro do Flamengo e na Praia de Botafogo, banhados pela Baía de Guanabara. As ruas ficaram fechadas parte da manhã. A operação das barcas que fazem a travessia pela Baía de Guanabara entre a capital e a Estação Charitas, em Niterói, também foi suspensa pela manhã. Previsão. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), apenas na terça-feira o tempo no Rio deverá melhorar. Enquanto isso, em quase todo o Sul e Sudeste e no Centro-Oeste do País uma massa de ar seco, de origem polar, deixa o tempo aberto e a temperatura agradável já neste fim de semana. /

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