Residenciais de luxo custam até R$ 18,4 mil

PUBLICIDADE

Por Edison Veiga , Filipe Vilicic e Vitor Hugo Brandalise
Atualização:

É como viver, dia após dia, num hotel seis estrelas. Para vovôs e vovós de aposentadorias polpudas, a cidade oferece ao menos três residenciais de luxo para a terceira idade, cobrando mensalidades que variam entre R$ 2.500 e R$ 18.400. Nos condomínios de idosos classe A, os quartos são adaptados, há atendimento médico 24 horas, oficinas de artesanato, tricô e inglês e tours frequentes para cinemas, parques e cidades turísticas."Café da manhã e almoço finos, licorzinho com os amigos depois do jantar, eventos diferentes todo dia. Consigo unir o descanso e a diversão necessários para aproveitar esse momento da vida", resume o médico aposentado Nelson Daher, de 90 anos, morador desde 2004 do Residencial Santa Catarina, a 10 minutos da Avenida Paulista.Para viver em um dos 113 apartamentos do condomínio, o morador tem de desembolsar, no mínimo, R$ 8.700 no pacote mais barato. "Hoje, vou ao teatro mais do que nunca. Vivo cheio de amigos e em ótimos cuidados médicos", conta Daher, em uma tarde de quarta-feira, após uma sessão de cinema."É uma fase completamente diferente da vida. Sinto que ainda tenho muito o que aprender", diz Nardina Belfiore, de 84 anos, há um ano e meio vivendo no Santa Catarina. Para não sentir falta de casa, decorou o apartamento no condomínio com os móveis da casa da família em Itu, no interior. "Sinto-me uma pessoa jovem. Pratico ioga, saio com as outras meninas, leio muito. Também recebo minha família para almoços de domingo."Atualmente, o Santa Catarina tem 80% dos apartamentos ocupados - taxa semelhante à de outros condomínios para a terceira idade, como o Lar Recanto Feliz (com lago e igreja), no Butantã, e o Lar Sant"Ana, no Alto de Pinheiros, ambos na zona oeste, usado como clube, com diária na faixa dos R$ 70.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.