Atualizada às 15h52
SÃO PAULO - O novo presidente da Sabesp Jerson Kelman defendeu a aplicação da multa para consumidores que aumentaram o consumo de água e a redução da pressão de água em toda a região metropolitana em entrevista na manhã desta quarta-feira, 14, para a Rádio Estadão.
Kelman disse que uma questão burocrática fez com que a Justiça determinasse a suspensão da multa por consumo excessivo de água e opinou sobre a importância da medida. A determinação, segundo a Justiça, só pode ser adotada após a declaração de racionamento pelo governo.
"Há uma pequena porcentagem que não se conscientizou e que está gastando mais. Se atrasar essa medida, estamos permitindo que esses consumidores continuem a gastar de uma forma não equilibrada, prejudicando a segurança hídrica de todos."
O presidente da companhia afirmou que o impasse será resolvido. "A tarifa de contingência deve permanecer. A sobretaxa se dirige a esse consumidor (que gasta água) para que doa no bolso."
Kelman diz que a redução de água foi adotada na região metropolitana e pode aumentar. "A maior parte da redução de pressão já foi anunciada. Ontem, estava em 16 metros cúbicos por segundo, mas tem de reduzir mais ainda. Temos de fechar para 13, 12 (metros cúbicos por segundo). Estamos estudando."
Crise. O presidente da Sabesp admitiu também que a situação hídrica de São Paulo é grave. "O problema é muito grande. Não quero esconder da população. A situação hídrica dos mananciais é muito preocupante", disse.
Kelman ainda defendeu o limite ao fornecimento de água. "Temos que limitar agora para que no futuro não falte água para as necessidades mais essenciais, para que não tenhamos sofrimento muito mais intenso".
Ouça a entrevista do presidente da Sabesp, Jerson Kelman, à 'Rádio Estadão':
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