
ÂNGELA LACERDA / RECIFE, O Estado de S.Paulo
19 Julho 2012 | 03h08
Segundo o coronel de Aeronáutica Fernando Camargo, do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), o desempenho dos pilotos e as divergências entre o manual de voo, o programa de treinamento e o check-list - todos emitidos pelo fabricante da aeronave - são alguns dos elementos que podem ter contribuído para o acidente. "Com o apoio do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), estamos fazendo um estudo teórico para tentar estimar a participação de cada um dos elementos, o que contribuiu ou não para o acidente."
A fratura da palheta 27 do motor esquerdo determinou a parada do motor, cerca de 30 segundos depois da decolagem. Das 55 palhetas do disco do compressor do motor esquerdo, 4 eram novas e 51 foram reutilizadas, incluindo a 27 - que estava na metade da vida útil.
Mesmo depois da pane, a aeronave continuou subindo, com um motor só, demonstrando que não havia problemas com o outro motor. A incógnita é a razão de os tripulantes não conseguirem retornar com a aeronave até o Aeroporto dos Guararapes. "A fratura da palheta desencadeou o problema, mas foi somente um dos eventos que levaram ao acidente", observou o chefe da investigação.
Os problemas de manutenção da Noar já estavam corrigidos e houve revisão da aeronave. A manutenção do motor cabia à GE. O conteúdo da caixa-preta não será divulgado.
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