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Queda de árvores em SP aumenta 21% em 2014

De acordo com novo balanço, tempestade no início da semana derrubou 548 árvores; até ontem ainda havia quem estivesse sem luz na capital

Por Victor Vieira
Atualização:

O número de árvores caídas desde o início da semana, que danificaram postes e fios, subiu para 548, segundo balanço de ontem. O total de ocorrências desse tipo em 2014 foi 21,4% maior do que no ano anterior - de 1.881 para 2.284. Ainda havia quem estivesse sem luz por causa da tempestade que ocorreu na madrugada de segunda-feira. A AES Eletropaulo fazia reparos nas redes elétricas de dez trechos da cidade na tarde de ontem. A concessionária não informou, porém, quais bairros ou quantos moradores seguiam no escuro. A Eletropaulo reforçou que não há bairros inteiros afetados, mas apenas casos pontuais de falta de energia. O blecaute provocado pelo temporal de segunda-feira chegou a prejudicar 500 mil pessoas no momento mais crítico, segundo a concessionária. Moradores da zona sul de São Paulo e do ABC ficaram mais de 60 horas sem luz. Na casa da aposentada Maria Ely Ferraz, de 80 anos, as luzes só acenderam novamente no fim da última tarde do ano. "Perdi tudo o que estava na geladeira, até carnes para a ceia. Fiquei sem rádio, televisão e tive de tomar banho gelado", contou ela, que mora no Brooklin, zona sul. Durante tempestade na madrugada de segunda, ela ouviu quando a rede elétrica de sua rua foi atingida. "Pareciam fogos de artifício. Ontem (anteontem) até me assustei quando escutei o barulho de novo, mas aí eram os fogos de verdade."Árvores. Segundo novo balanço da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, divulgado ontem à noite, o total de árvores caídas em ruas ou espaços públicos da capital desde segunda-feira aumentou para 548. Mais de 500 já foram cortadas ou retiradas para desbloquear vias. A prioridade para as remoções foi definida com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e, em alguns casos, foi preciso ajuda da Eletropaulo. O número de árvores caídas em São Paulo cresceu 21,4% entre 2013 e o ano passado. Neste período de chuvas, a Defesa Civil Municipal montou um grupo específico para avaliar riscos de queda. / COLABOROU MARCO ANTONIO CARVALHO

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