Quatro são indiciados por morte de doadora de medula óssea em SP

Universitária estava internada em São José do Rio Preto para fazer doação a criança com leucemia no Rio

PUBLICIDADE

Por João Paulo Carvalho
Atualização:

SÃO PAULO - Duas médicas e duas enfermeiras foram indiciadas pela morte, no último dia 4, da estudante Luana Neves Ribeiro, de 21 anos. A universitária morreu por causa de erros médicos cometidos enquanto esteve internada no Hospital de Base, em São José do Rio Preto, no interior paulista, de acordo com o laudo entre à Polícia Civil no dia 14.

 

Luana estava no hospital para se submeter aos procedimentos para doar medula óssea a uma criança do Rio de Janeiro com leucemia. A morte levou o hospital a paralisar a coleta de medula para transplante e o Conselho Regional de Medicina (Cremesp) e Polícia Civil a abrir investigação.As médicas foram indiciadas pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e as enfermeiras, por omissão de socorro, segundo a delegada assistente do 5.º Distrito Policial (DP), de São José do Rio Preto, Luciana de Almeida do Carmo.O laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), da Faculdade de Medicina de Rio Preto, atesta que a jovem teve a veia subclávia perfurada, o que causou hemorragia e choque hipovolêmico (queda de pressão causada por vazamento de sangue), que a levou à morte. As perfurações teriam ocorrido durante a tentativa de implantar um cateter para coletar medula na veia subclávia esquerda, próxima da jugular.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.