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Protesto por moradia deixa Marginal do Tietê, mas segue na zona norte

Segundo a PM, o ato seria contra uma reintegração de posse marcada para o dia 19 de maio em um terreno particular do Parque Novo Mundo, na zona norte da capital

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Por Redação
Atualização:

(Atualizado às 12h50) SÃO PAULO - A manifestação contra a reintegração de posse de um terreno na zona norte da capital paulista deixou a Marginal do Tietê e seguiu, às 12h10, para a Avenida Guilherme Cotching, na mesma região. De lá, o grupo deve seguir para o Parque Vila Mariana.A manifestação bloqueou todas as pistas da marginal na manhã desta quarta-feira, 30, provocando lentidão desde a Ponte do Tatuapé até as Rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra.

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Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o ato começou por volta das 10h aeté as 11h30, não havia previsão de término do ato. Os manifestantes fazem parte de uma ocupação que há cerca de um ano ocupa um terreno de 58 mil m² avaliado em R$ 85 mi  na região do Parque Novo Mundo, pertencente a uma imobiliária. Uma liminar na Justiça determinou a reintegração de posse da área, marcada para o próximo dia 19 de maio. Ao todo, 2.628 pessoas estão cadastradas na ocupação.

 "A gente recebeu indicação de que temos que desocupar o terreno mas não temos para onde ir. A maioria deixou o aluguel e aplicou tudo que tinha ali.", diz Maria Jose Ferreira da Costa de 62 anos. O grupo carrega faixas pedindo ajuda ao prefeito Fernando Haddad (PT) e pede pelo menos um mês para apresentar documentos que comprovem que o local é uma área pública criada com a mudança do curso do rio Tietê.

Líder dos manifestantes, Adenilde Soares, de 58 anos, afirma que foi ela quem localizou o terreno, e chegou a negociar a ocupação com a prefeitura. "Tinha gambá, cobra, tudo lá, tava na hora de a gente tomar uma solução", ressalta.

A Polícia Militar não informou a quantidade de soldados que foi deslocada até o local, mas informou que, até as 11h30, a marcha era pacífica e sem registro de depredações.

Um protesto por moradia ocorrido na terça-feira, liderado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), pela Frente de Luta por Moradia (FLM) e outros movimentos terminou em confronto na noite de terça na região central depois que não houve, na Câmara Municipal, a votação do novo Plano Diretor Estratégico da capital paulista. Os manifestantes continuam até a manhã desta quarta na frente da Câmara.

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