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Promotoria pede ao Metrô que suspenda contratos bilionários de reformas de trens

Presidente da empresa disse que vai estudar o pedido da promotoria, mas negou irregularidades

Foto do author Marcelo Godoy
Por e Marcelo Godoy
Atualização:

O Ministério Público Estadual (MPE) pediu nesta terça-feira, dia 3, ao governo de São Paulo a suspensão de seis contratos de reforma de trens das linhas 1 e 3 do Metrô. Assinados entre 2008 e 2010, eles somam, segundo o MPE, R$ 2,47 bilhões. O objetivo do promotor Marcelo Milani, que investiga a possível improbidade administrativa na execução dos contratos, é convencer o governo a abrir sindicância para que seja feita a apuração de supostos prejuízos causados pela atuação de cartel metroferroviário nos contratos. Ele ainda alega que os valores das reformas dos trens teriam ficado semelhante ao preço de trens novos. Além disso, problemas técnicos foram constatados, de acordo com o MPE, nos trens reformados em vistoria feita nos pátios do Metrô. Os problemas teriam obrigado que 36 composições permanecessem paralisadas naquelas duas linhas.

 

O presidente do Metrô, Luis Antonio Carvalho Pacheco, disse que a empresa vai analisar as recomendações feitas pelo Ministério Público e vai comparecer a uma nova reunião na promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social na próxima. Pacheco defendeu os contratos em vigência e afirmou que há justificativas técnicas para todos os preços praticados nos contratos. "A reforma dos trens ficou 60% do preço da compra de trens novos usando valores de contratos assinados pelo metrô em 2007. Se usarmos como referência os valores de 2010, a reforma custaria 80% do preço dos trens novos", disse. O presidente do Metrô afirmou, no entanto, "que nosso costume é acatar as recomendações da Justiça".

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