Projetos descolados migram para novo polo na Vila Madalena

Entre as atrações está um restaurante em que os produtos serão adquiridos diretamente com os produtores

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Por Felipe Resk
Atualização:

SÃO PAULO - As atividades do "Parque Vila Madalena" têm atraído empreendimentos descolados para a região. Desde o início do projeto, já houve inauguração de galeria de arte de rua, feira de comida na calçada, brechó, bar e até coworking (ambiente compartilhado de trabalho). Outros negócios também estão prestes a abrir as portas.

Um deles é um restaurante na Medeiros de Albuquerque, em que os produtos serão adquiridos diretamente dos produtores. “A cozinha vai ser aberta, a ideia é ser um pouco informal”, afirma o chef Cesar Costa, de 25 anos. A inauguração esá prevista para a segunda semana de maio. “A gente quer aproximar o cozinheiro do comensal e propor uma reflexão da origem da comida”, diz.

As atividades do "Parque Vila Madalena"têm atraído empreendimentos descolados para a região Foto: Rafael Arbex/Estadão

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Segundo Costa, o motivo que levou ele e o sócio, o administrador Luiz Guilherme Simões, de 27 anos, a investir na região foi o público mobilizado pelo “Parque” que frequenta a Vila Madalena. “Nos interessa a diversidade das pessoas. Há famílias, jovens de cabeça aberta. E o nosso restaurante é mais ‘cabeça aberta’”, diz. “Quem vai ditar o ritmo do menu são os produtos da época”, afirma o chef.

O empreendedor social Mateus Mendonça já abriu na região um coworking, com um estúdio e galeria de fotos, onde também funciona uma consultoria de gestão de projeto socioambiental. Em maio, ele vai inaugurar outra unidade, mas com um “café sustentável” que também manterá uma exposição de grafites.

“Queremos promover convivência com quem passa pelo Beco e ter um espaço público para refletir sobre a arte exposta lá”, afirma Mendonça. “Vamos construir uma interação com visitantes e resgatar o senso de comunidade.” Para Mendonça, é importante incluir moradores da região no projeto. “Há um cuidado para que não seja um processo de gentrificação”, diz. “Estamos resgatando a história das pessoas e do lugar.”

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