Procurada desde novembro, advogada do PCC é presa no Paraguai

Segundo Ministério Público, ela era apontada como 'gestora' de esquema criminoso da facção paulista e estava foragida desde a deflagração da Operação Ethos

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Por Alexandre Hisayasu
Atualização:

SÃO PAULO - A advogada Marcela Antunes Fortuna, de 35 anos, foi presa nesta terça-feira, 2, no Paraguai. Ela era considerada foragida da Justiça brasileira e, segundo promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público paulista, tinha participação de destaque no Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo as investigações, Marcela era a gestora do esquema junto aos advogados, sendo uma das principais responsáveis pela distribuição de tarefas Foto: Reprodução/Ministério Público

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Marcela era considerada foragida da Justiça desde novembro, quando o Gaeco de Presidente Prudente e a Polícia Civil desencadearam a Operação Ethos, que prendeu mais de 30 advogados ligados à facção criminosa. Eles são acusados de atuar como um falso núcleo jurídico e repassar ordens da cúpula do PCC para cúmplices fora dos presídios e atuar na lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, Marcela era a gestora do esquema junto aos advogados, sendo uma das principais responsáveis pela distribuição de tarefas. A denúncia descreve seu papel no esquema como responsável pela interação com a cúpula, além de estar "ciente de todas as operações desenvolvidas pelo núcleo jurídico". 

Por causa da Operação Ethos, a Justiça determinou a transferência de 13 integrantes da cúpula do PCC para o Regime Disciplinar Diferenciado, em Presidente Bernardes, considerado o mais rígido do sistema prisional. Entre eles, está Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) vai decidir sobre a transferência de alguns deles para presídios federais.