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Prédio de 44 andares não paga taxa extra no Rio

Vereadores cariocas desistem de cobrar da Eletrobrás contrapartida por edifício acima do gabarito na Lapa

Por Felipe Werneck
Atualização:

RIOA Eletrobrás poderá construir um prédio de até 44 andares na Lapa, centro do Rio, sem precisar pagar nenhuma compensação à prefeitura pelo aumento de gabarito autorizado em janeiro. No fim de março, a Câmara Municipal manteve o veto do prefeito Eduardo Paes (PMDB) ao artigo que permitia a obra, desde que fosse paga taxa. Vereadores haviam preparado um estudo, com consultas ao mercado imobiliário, que estimava em R$ 30 milhões o montante da valorização do terreno obtida com a mudança na legislação urbanística. Até o líder do governo, Adilson Pires (PT), defendeu a medida em janeiro. "O projeto de lei previa uma série de contrapartidas. Com o ganho de área potencial, seria possível arrecadar aproximadamente R$ 30 milhões. O dinheiro seria investido na infraestrutura da Lapa", afirmou, na ocasião. Procurado ontem, Pires não foi localizado. O vereador Paulo Pinheiro (PPS) é um dos cinco que votaram contra a manutenção do veto. "A ampliação do gabarito vai trazer fatos prejudiciais, como aumento do trânsito. Nada mais justo do que uma compensação financeira para o município investir na região", disse Pinheiro. A Secretaria de Urbanismo informou que "a construção da sede da Eletrobrás revitaliza e recupera a essência da atividade econômica do Rio". A Eletrobrás não quis se manifestar.No trecho voltado para a Rua dos Arcos, o gabarito máximo ficou em três pavimentos. Mas a parte dos fundos, voltada para a Avenida Chile, poderá chegar a 44 andares.

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