PPP da Habitação quer atrair dinheiro privado para o centro

Maior parte das moradias (7.076) será feita na região compreendida por Barra Funda, Santa Cecília, Pari e Bom Retiro

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Por Redação
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A Parceria Público Privada da Habitação, lançada ontem pelo governo estadual, terá a maior parte de suas moradias na região compreendida por Barra Funda, Santa Cecília, Pari e Bom Retiro. Serão 7.076 unidades habitacionais nessa área. O objetivo do projeto é incentivar a iniciativa privada a construir em áreas degradadas e atrair moradores para o centro expandido.Com base em um estudo, o projeto habitacional foi dividido em setores. O setor formado por Liberdade e Brás terá 2.908 moradias, o da República e Bela Vista 2.857, o de Bresser e Belenzinho 2.594, o de Cambuci e Mooca 2.409 e o de Celso Garcia e adjacências 2.377.O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, durante evento na Secretaria de Estado da Cultura, na região central, que a contratação da empresa vencedora da licitação deve acontecer em outubro.Das 20.221 unidades, 12.508 serão destinadas para quem tem renda de até R$ 3.775 - o equivalente a cinco salários mínimos estaduais. As 7.713 unidades restantes serão destinadas a quem ganha até R$ 10.848. "O apartamento vai custar R$ 129 mil e será totalmente financiado. Para quem ganha menos de cinco salários, haverá um grande subsídio", disse Alckmin.A construção dos apartamentos será feita em áreas subutilizadas, dentro das chamadas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), definidas pelo Plano Diretor da Cidade, em 2002, e ainda não utilizadas pela iniciativa privada e pelo setor público. O evento teve tom político e foi marcado pela troca de elogios entre o prefeito Fernando Haddad (PT) e Alckmin. O petista aderiu ao projeto do tucano e assinou um protocolo de intenções. "Talvez seja a primeira vez que haja um alinhamento estratégico da União, com o Minha Casa Minha Vida, do governo do Estado, com a Casa Paulista, e da Prefeitura de São Paulo. Ainda mais somando forças com a iniciativa privada", disse Haddad. Nova luz. O prefeito deve se agarrar à PPP e descartar a Nova Luz, projeto encampado pelo ex-prefeito Gilberto Kassab. Ontem, Haddad disse que pode utilizar alguns pontos do Nova Luz, mas que a PPP é mais eficaz e sairá do papel com maior velocidade. "Trazer habitação ao centro implica um investimento muito elevado, em função do preço da terra. O valor na região é mais alto do que na periferia extrema, mas tem a vantagem de você trazer o morador para perto do posto de trabalho", disse. "Isso desonera toda infraestrutura da cidade." /ARTUR RODRIGUES

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