Postos para tirar visto têm demora de até 20 minutos

Novas áreas de atendimento do Consulado dos EUA têm falhas pontuais; exigência de duas visitas irrita quem vem de fora

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Por Nataly Costa
Atualização:

SÃO PAULO - O primeiro dia de funcionamento dos Centros de Atendimento ao Solicitante de Visto (Casvs) teve problemas pontuais de organização, falha no sistema e reclamações de quem é de fora de São Paulo. No posto da Avenida José Maria Whitaker, na Saúde, zona sul, a expectativa era de receber 1,7 mil pessoas nesta segunda-feira, 7, mas a meta é atender o dobro. O atendimento levava até 20 minutos. Mas o agendamento ainda demora 25 dias. No total, 1.638 pessoas foram atendidas hoje na capital.

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No meio da tarde, uma provável falha no sistema acusava um erro no endereço dos solicitantes - grande parte das pessoas que chegaram entre 15h e 15h30 foi encaminhada para uma fila específica que servia para corrigir erros no formulário DS-160, preenchido pela internet.

O Consulado dos EUA e a empresa administradora do Casv atribuíram o problema a erros de digitação das pessoas na hora de preencher o formulário. Os atendentes, porém, falavam em falhas do sistema, que não reconhecia alguma informação específica no campo "endereço".

O atendimento é por ordem de chegada, mas não adianta chegar muito antes do horário marcado: às 14h, por exemplo, só consegue entrar quem agendou até 15h. O restante fica do lado de fora, na rua.

Lá dentro, a primeira fila serve para mostrar documentos - passaporte, formulário e comprovante de taxa de US$ 160 paga. Depois, a pessoa é encaminhada para uma sala com guichês, tira foto e impressões digitais. São 35 posições de atendimento na Saúde e 14 no Alto de Pinheiros.

De cadeira em cadeira. Não há, porém, um sistema de senhas, e cada um que chega senta em uma cadeira de espera e vai "pulando" para a próxima, até chegar sua vez de ser atendido.

Nos Casvs, nenhuma entrevista é feita - nem há funcionários do governo americano aptos para isso. As entrevistas ocorrem no Consulado americano (na Rua Henri Dunant, 500), de um a oito dias depois.

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Foi o desgosto principalmente de quem mora fora de São Paulo. "Passagem de avião, hotel, táxi para lá e para cá. Amanhã é a entrevista, outra diária de hotel e mais táxi. Dois dias de trabalho perdidos", disse o engenheiro Sérgio Moraes, de Porto Alegre.

Menos tempo. O Consulado dos EUA explica que o atendimento em dois dias separados é para atender mais gente em menos tempo - a ideia é que as pessoas gastem menos de uma hora em cada lugar (Casv e Consulado). "Renovei meu visto em abril. Fiquei do meio-dia às 17h30 no Consulado. Hoje, vim tirar o do meu filho. Ficamos 25 minutos. Se no Consulado amanhã também for rápido, não me importo", disse o gerente Ciro Ruzon, de 39 anos.

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