Por unanimidade, STJ mantém Champinha em hospital psiquiátrico

Para relator, não há constrangimento ilegal na internação do condenado pelas mortes de Liana Friedenbach e Felipe Caffé em 2003, quando tinha 16 anos

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Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu por unanimidade na tarde desta terça-feira, 10, que Roberto Aparecido Alves Cardoso, conhecido como Champinha, deverá continuar internado. Ele foi condenado, juntamente com comparsas, por torturar e matar o casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé, em Juquitiba, na Grande São Paulo, em 2003. Na época, era menor de idade, com 16 anos.

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Hoje aos 26 anos, Champinha está internado em uma Unidade Experimental de Saúde (UES), na zona norte de São Paulo. O relator do habeas corpus foi o ministro Luís Salomão. Segundo ele, não há constrangimento ilegal na internação de Champinha, que foi internado devido ao seu comportamento violento.

A UES foi criada por decreto do governo estadual para atender adolescentes com distúrbios psiquiátricos graves. O paciente foi diagnosticado com um grau severo de periculosidade. Um novo laudo do Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc) foi feito para saber se Champinha poderia ser reintegrado à sociedade.

O processo está no STJ desde 2010. O ministro Arnaldo Esteves Lima, então relator do habeas corpus, negou a liminar.

Condenações no caso. Em 2006, Antonio Caetano da Silva foi condenado a 124 anos de prisão, Aguinaldo Pires, a 47 anos e Antônio Matias, a 6 anos. Paulo César da Silva Marques foi condenado a 110 anos.

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