Poluição por ozônio na capital é a pior da década

Em 98 dias do ano passado, taxa do poluente na Grande São Paulo ficou acima do aceitável

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Por Nataly Costa
Atualização:

A poluição por ozônio bateu recorde na Região Metropolitana de São Paulo no ano passado. O paulistano ficou mais de três meses – ou exatos 98 dias – respirando o poluente em níveis inadequados, acima do padrão diário de 150 microgramas por metro cúbico. É o pior índice dos últimos dez anos. Os dados são do relatório anual de qualidade do ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que pode ser acessado na íntegra aqui.

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Durante a maior parte do tempo do ano passado (54,1%), a poluição por ozônio ficou entre regular, inadequada e má. Entre as 19 estações de medição desse tipo de poluente, a do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, e a de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, foram as que apresentaram mais dias em estado de atenção: 17 cada.

“Quem tem problemas como asma, rinite ou enfisema sofre mais. Mas a poluição também pode desencadear inflamações graves a longo prazo”, afirma o pneumologista Clystenes Soares, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “E o ozônio é especialmente perigoso em dias ensolarados.”

A Cetesb faz a ressalva de que a rede de monitoramento cresceu ao longo dos anos – eram apenas 12 estações em 2003.

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