Polícia investiga violência contra crianças em creche no interior de SP

Imagens de câmera de monitoramento mostraram agressões e maus-tratos de duas monitoras; prefeitura de Itatinga disse que afastou funcionárias

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
Caso ocorreu em Itatinga, no interior de São Paulo Foto: Reprodução/Google Street View

SOROCABA - A Polícia Civil abriu inquérito para apurar denúncias de agressões sofridas por crianças de três a cinco anos em uma creche municipal de Itatinga, no interior de São Paulo. Imagens de uma câmera de monitoramento que foram parar em redes sociais mostram duas monitoras agredindo e maltratando as crianças. 

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Uma delas puxa os cabelos, dá tapas e joga colchões contra as crianças. As cenas mais chocantes mostram um menino aparentemente com mais idade que a média da creche agarrando e beijando meninas sem que as monitoras impeçam. Uma delas ainda segura a criança para que seja beijada pelo garoto.

As imagens teriam sido gravadas no último dia 5, mas somente no fim de semana foram postadas em redes sociais. Nesta segunda-feira, 10, oito pais e mães procuraram a Polícia Civil para registrar queixas. 

O delegado Lourenço Talamonte Neto, que responde pelo município, abriu inquérito pelos crimes de constrangimento ilegal e corrupção de menores. “As denúncias apresentadas pelos pais são graves e estão em consonância com a parcela de imagens que já vimos. Vamos requisitar todas as imagens disponíveis para fazer uma perícia”, disse.

Os nomes das suspeitas de violência não foram divulgadas porque o caso envolve crianças. A prefeitura informou que as duas funcionárias foram afastadas da creche e foi aberto um processo administrativo. De acordo com a Secretaria da Educação, como as servidoras são concursadas, elas ficarão em funções administrativas até que o caso seja apurado e as medidas disciplinares sejam definidas, podendo acarretar a demissão a bem do serviço público. 

O Conselho Tutelar informou que acompanha a denúncia e encaminhará as crianças para atendimento psicológico. A reportagem tentou contato telefônico com as monitoras, mas foi informada de que elas não falariam sobre o caso.

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