Polícia deixa suspeito de furto 'sob cuidado' da vítima em delegacia

Sem algemas ou escolta, homem fugiu do Distrito Policial de Jarinu, no interior de SP, e caminhou tranquilamente pelas ruas da cidade

PUBLICIDADE

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Um suposto ladrão, preso por policiais militares com o produto do furto e levado para a delegacia da Polícia Civil de Jarinu, interior de São Paulo, no domingo, 11, fugiu após ser deixado em frente ao prédio, sem algemas ou escolta. De acordo com a vítima, os policiais pediram que ela "olhasse" o ladrão, mas foi chamada pelo escrivão para prestar depoimento e o suspeito ficou sozinho.

Quando chegou a vez do suposto ladrão ser ouvido, ele tinha desaparecido. O homem deixou no local uma sacola com parte dos pertences que havia furtado - um boné, um tênis e um vidro com moedas. 

Delegacia de Jarinu, no interior de São Paulo, funcionava em esquema de plantão Foto: Divulgação

PUBLICIDADE

Imagens de uma câmera instalada na rua, mostram o suspeito caminhando tranquilamente para longe da delegacia. O comerciante Valdir Paiva, vítima do roubo, disse que, após terem sido levados à delegacia, os dois policiais haviam pedido a ele que tomasse conta do preso. Em seguida, entraram na viatura e foram embora. Na repartição, que funcionava em esquema de plantão, o escrivão era o único funcionário presente.

De acordo com o boletim de ocorrência, Paiva encontrou sua mercearia arrombada e constatou que vários objetos tinham sido levados. Ele identificou o suspeito por uma câmera de segurança e fez uma investigação por conta própria. Quando localizou o suposto ladrão, chamou a PM. 

Paiva se disse "revoltado" com a fuga fácil do suspeito. Até a manhã desta terça-feira, 13, ele não tinha sido encontrado. Policiais do destacamento de Jarinu informaram que houve troca de turno e não tinham informações sobre a ocorrência. O batalhão de Jundiaí, que abrange Jarinu, informou que a Polícia Militar se manifestaria através de nota.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.