CAMPINAS - A Polícia Civil, a Polícia Militar e o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), divulgaram nesta quarta-feira, 26, imagens de manifestantes identificados por câmeras de segurança e por filmagens feitas por policiais a paisana para tentar indiciar aqueles que praticaram atos de depredação e de furto durante os primeiros três dias de protesto na cidade.
"Estamos usando as imagens para indiciar essas pessoas depois que pudermos chegar até elas. Elas vão responder por furto qualificado e dano ao patrimônio", afirmou o delegado seccional de Campinas, José Rolim Neto.
Ele anunciou que a polícia em Campinas destacou três equipes especiais para trabalhar na identificação e qualificação dos manifestantes envolvidos em crimes e montou um esquema para que todas ocorrências relacionadas aos protestos sejam levadas para registro em um distrito específico, que só fará esse trabalho.
Até a tarde de terça-feira, 28 pessoas foram detidas e liberadas durante os protestos, que terminaram em confronto com a PM e a GM, depredações e saques. E duas pessoas já foram identificadas, qualificadas e indiciadas através das imagens.
"Acreditamos que com a foto desses envolvidos nos ataques vamos começar a coibir novos atos", explicou o comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI) 2, Carlos Carvalho Júnior. Ele anunciou que para evitar novas ameaças de invasão ao prédio da prefeitura e saques no comércio, 500 policiais militares estarão nas ruas a partir desta quarta durante as manifestações. A GM deve trabalhar com 120 homens.
Nesta quarta está marcada uma manifestação a partir das 17h, mas a chuva deve atrapalhar a concentração de pessoas."Não podemos assistir de braços cruzados pessoas tendo prejuízo. Eles não são maioria, mas é uma minoria que causa transtornos", afirmou o prefeito. A prefeitura de Campinas já reduziu a tarifa na cidade de R$ 3,30 para R$ 3,00, e passou a divulgar as planilhas de custo das empresas de ônibus e seus lucros.