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Polícia Civil prende 24 por falsificação de agrotóxicos

Cerca de 50 veículos e outros bens avaliados em mais de R$ 20 milhões foram apreendidos em operação conjunta com o Gaeco

Por Rene Moreira
Atualização:

FRANCA - Uma megaoperação da Polícia Civil com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 23 pessoas nesta sexta-feira, 5, nas cidades paulistas de Franca, Ribeirão Preto, Campinas, Cristais Paulista e Sertãozinho sob a acusação de falsificar agrotóxicos. Outras 8 pessoas são procuradas, incluindo um empresário de Minas Gerais.

Mais de 200 policiais participam da ação que já confiscou bens, entre eles 50 veículos, que somam mais de R$ 20 milhões. Os envolvidos moravam em residências de classe alta e um deles fugiu com a chegada da polícia, em uma chácara no município de Cristais Paulista, mas foi localizado pouco depois escondido dentro de um poço com mais de 10 metros de profundidade.

50 veículos, que somam mais de R$ 20 milhões, foram confiscados Foto: Edson Arantes/Comércio da Franca

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A operação intitulada "Lavoura Limpa" também fechou laboratórios clandestinos e apreendeu rótulos, embalagens, máquinas e materiais diversos usados para falsificar produtos agrícolas de marcas famosas. A mercadoria era comercializada em sete Estados do País, principalmente São Paulo e Minas Gerais. O trabalho da polícia ainda prosseguia no início da noite, já que a meta é cumprir mais de cem ordens judiciais contra a quadrilha.

De acordo com o delegado Leopoldo Novaes, de Franca, foram perto de cinco meses de investigação para descobrir todo o esquema, desde a produção no eixo SP/MG até a distribuição também para outras partes do País. Entre os presos consta o dono de uma revendedora de veículos usados, onde foram apreendidos todos os dez carros que estavam à venda. Eles se somaram a lanchas, jet skis, caminhonetes, caminhões e outros veículos.

Drone. Em Ribeirão Preto a polícia apreendeu três pessoas, entre elas, pai e filho. Eles têm uma gráfica na Vila Carvalho, local onde estariam sendo falsificados rótulos. Em outro ponto da cidade foi fechada uma fábrica de embalagens e o dono também acabou na cadeia. Em Campinas um homem também foi preso e seria um dos líderes do esquema. A cidade abrigaria a empresa usada para movimentar a mercadoria falsificada.

Durante a ação até um drone foi usado pela polícia para invadir imóveis e localizar laboratórios em Franca. O avião não tripulável mostrava imagens para facilitar a operação policial. Segundo o delegado Leopoldo Novaes, a quadrilha movimentava grande quantidade de dinheiro, que era investido em carros de luxo e imóveis. Dos integrantes presos até agora, são 21 homens e três mulheres. 

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