PONTOS-CHAVE
Remoção
O Estado prometeu ontem desapropriar 1. 200 casas no Alemão, neste semestre
Vítimas
Em Niterói, o total de mortos chegou a 167. Em todo o Estado, são 249
Exército
Houve aumento da procura nos hospitais de campanha,
passando de 150 pessoas/dia
Custo de reconstrução
Estado estima que gastará cerca de R$ 250 milhões, sem a parte habitacional
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) espera liberar ainda esta semana o trecho da Rodovia Rio-Santos (BR-101 Sul) que foi bloqueado por uma pedra de 120 toneladas, na altura do km 455, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. O deslizamento da encosta às margens da via aconteceu por volta de 1h40 de ontem e provocou a queda da pedra.
Técnicos reconheceram, no entanto, que há risco de novos deslizamentos e não estabeleceram um prazo específico para a desobstrução das pistas. Uma das faixas de acostamento foi liberada ontem à tarde em sistema de pare e siga, mas as rochas só devem ser dinamitadas hoje. As obras de recuperação do trecho podem levar até seis meses.
Após a queda da rocha, a passagem de veículos ficou interrompida e teve de ser desviada pelo acesso a um hotel e pela RJ-155. Às 14 horas, o tráfego foi parcialmente liberado.
Não chovia forte em Angra desde sexta-feira, mas água e lama ainda escorriam pela encosta de onde a pedra caiu. De acordo com o engenheiro do Dnit que coordena o trabalho de desobstrução da rodovia, Arysson Siqueira Silva, o solo ficou encharcado pela chuva que caiu no Estado na semana passada. "Essa encosta é formada por pedras soltas no meio da terra e por pedras fraturadas. Quando a água se acumula ali, o terreno fica extremamente instável", explicou.
Segundo o supervisor regional do Dnit em Angra dos Reis, Wanderson Lopes, o bloqueio da pista não representa riscos a possíveis operações de evacuação das usinas nucleares Angra 1 e 2, uma vez que a Rio-Santos pode ser usada em caso de acidentes. "O local do bloqueio está fora do raio das ações de emergência para esses casos", disse.
O engenheiro do Dnit explicou que o trabalho de detonação das pedras será feito com cautela, pois a explosão pode causar novos desmoronamentos. "Ainda há pedras soltas na encosta que podem cair."