Passagens de trem, metrô e ônibus da EMTU sobem para R$ 2,90 no domingo

Reajuste de 9,43% fica acima da inflação medida pela Fipe, mas, pelo 2º ano consecutivo, tarifas serão menores que as dos ônibus de SP

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Por Eduardo Reina e Renato Machado
Atualização:

As tarifas do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e dos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) vão subir para R$ 2,90 a partir da zero hora de domingo, dia 13. O reajuste, de 9,43%, é superior à inflação acumulada nos últimos 12 meses, que ficou em 6,20%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor, da Fipe, aplicado nas tarifas públicas. Hoje, as passagens unitárias custam R$ 2,65. A passagem da Linha 5-Lilás (Capão Redondo-Largo 13), mais curta e com menos estações, passará a custar R$ 2,80. Os bilhetes com desconto também terão seus valores alterados (veja quadro ao lado). As transferências entre Metrô e CPTM continuam gratuitas na Barra Funda, Luz, Brás e Santo Amaro. Já o bilhete único e o vale-transporte serão reajustados de R$ 4,29 para R$ 4,49. Quem quiser economizar pode fazer a recarga do bilhete único até sábado. O valor máximo é R$ 100. Enquanto houver crédito, a tarifa cobrada na catraca será a antiga, de R$ 2,65.Na segunda-feira, o secretário Estadual dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, havia dito que o porcentual em estudo estava em torno de 7,6%, o que daria uma tarifa de R$ 2,85. Mas mesmo com o aumento acima do previsto, pelo segundo ano as tarifas ficam abaixo dos valores dos ônibus municipais - em janeiro, a passagem subiu de R$ 2,70 para R$ 3.O aumento inclui ainda o ônibus executivo que liga o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, a diversos pontos da capital. A passagem será reajustada em 6,5% e passa de R$ 31 para R$ 33. Já as tarifas de ônibus intermunicipais da Região Metropolitana de São Paulo subirão 7,66%, as da Baixada Santista, 6,94%, e as da região de Campinas, 6,23%.Anual. Os reajustes do Metrô, trens e ônibus metropolitanos são aplicados anualmente em fevereiro. Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a atualização leva em consideração o equilíbrio econômico-financeiro do Metrô, que não recebe subsídios do governo. Já as passagens da CPTM recebem verba governamental para custeio. "O cálculo levou em conta a evolução dos custos do setor de transporte coletivo nos últimos 12 meses, incluindo componentes específicos como material rodante (veículos), que aumentou 12,5 %, e mão de obra, com variação de 6,7 %", informou a pasta.

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