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Passageiro anda estação a mais para fugir de empurrões

Maior movimento está entre a Consolação e o Paraíso, cuja estação ganhou barras para direcionar embarque

Por Renato Machado e Eduardo Reina
Atualização:

O grande aumento da demanda deu à Linha 2-Verde do Metrô novas características, que antes só eram vistas em outros ramais superlotados. Na Estação Paraíso, por exemplo, a companhia instalou barras que direcionam o embarque, como já existem na Sé.As maiores mudanças, no entanto, foram adotadas pelos próprios passageiros. Uma delas é a chamada "viagem negativa", que significa seguir até uma ou mais estações no sentido contrário para entrar em um trem mais vazio, de preferência com lugares para sentar. "É melhor do que ficar aqui nesse empurra-empurra para embarcar", diz a estudante universitária Paola Andrade, de 19 anos.Pela manhã, o grande fluxo de passageiros na linha se dá no sentido de Sacomã para a Vila Madalena. Apesar de os trens virem cheios das estações iniciais, o grande problema está na Estação Paraíso, quando os passageiros fazem baldeação vindos da Linha 1-Azul. No horário de pico da tarde, o maior movimento está entre as Estações Consolação e Paraíso, sendo muito difícil embarcar na Estação Brigadeiro.Por causa dessa situação, a gerente comercial Gabriela Macedo, de 27 anos, tenta marcar reuniões sempre para fora do horário de pico. Como trabalha na região dos Jardins, na zona sul, ela utiliza a Linha 2-Verde praticamente todos os dias, com exceção de quando precisa visitar um cliente nos horários de maior movimento. "Nesses dias, eu prefiro ir com o meu carro para evitar esse tumulto. Apesar de ficar parada no trânsito, é muito mais tranquilo." A terapeuta ocupacional Mariana Pietra, de 27 anos, utiliza sempre o Metrô para se locomover, pois atende seus pacientes em suas próprias residências. Ela conta que já foi empurrada diversas vezes e, por isso, também tenta evitar os horários de picos. "Mas nem sempre dá, então, na maior parte das vezes, tenho é que encarar mesmo."

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