Para secretário, suposta atuação do PCC na Cracolândia consagra PM

Afirmação foi feita após reportagem apontar que facção teria ordenado aos usuários de crack que deixassem a Praça Princesa Isabel

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
Usuários de drogaocupam a Rua Cleveland, na esquina com a Rua Helvétia, na manhã desta quinta Foto: Felipe Rau/Estadão

SÃO PAULO - O secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves, disse nesta sexta-feira, 23, que uma eventual atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na região da Cracolândia seria em decorrência da eficiência da ação da Polícia Militar.

A afirmação foi feita após ele ser questionado sobre uma reportagem do portal UOL, que revelou que o PCC teria ordenado aos usuários de crack da Praça Princesa Isabel que deixassem o local. O "fluxo" agora ocupa a Praça Júlio Prestes, 500 metros mais adiante e a uma quadra do coração da "antiga Cracolândia"

"Se qualquer organização criminosa ver necessidade de mudar de um lugar para outro é por eficiência da polícia", afirmou.

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O secretário, porém, questionou o fato de uma das fontes da reportagem ser um membro do Ministério Público Estadual (MPE) que falou sob condição de anonimato.

Apreensões

Durante a entrevista coletiva, que aconteceu após uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes com a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário afirmou que desde o começo do ano já foram apreendidas em São Paulo 44,5 toneladas de drogas.

Desde o dia 21 de maio, quando a PM fez a primeira operação na Cracolândia, foram apreendidas na região 56,7 quilos de droga, sendo 12,5 quilos de crack, segundo Alves.

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"É um trabalho que não tem hora para terminar, não importa se os usuários migraram de um lugar para o outro", disse.

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