SÃO PAULO - Os motoristas que trafegavam pelas Marginais do Pinheiros e do Tietê, em São Paulo, tem notado a presença de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) em pontos estratégicos com radares móveis que parecem pistolas. A novidade foi implantada pela gestão Fernando Haddad (PT) em 10 de setembro. Mas você sabe qual é o objetivo dessa fiscalização e quem está na mira?
O Estado selecionou as dúvidas mais frequentes sobre os radares-pistola e traz as respostas. Confira:
1 - O radar-pistola multa carros?
Apesar de o equipamento poder multar carros em São Paulo, é usado apenas para fiscalizar as motocicletas.
2 - É a primeira vez que a Prefeitura utiliza a tecnologia?
Não. O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) foi o primeiro a implementar a tecnologia, em março de 2012. O foco também era a autuação de motos acima da velocidade permitida. No ano anterior, 436 motociclistas tinham morrido na capital.
3 - Por que eles foram aposentados pela gestão Haddad em 2014?
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) alegava que os equipamentos fixos poderiam multar também motocicletas, enquanto os marronzinhos diziam que o equipamento com cerca de 1,5 kg era difícil de ser manejado.
4 - Por que a Prefeitura voltou atrás?
Para reduzir a quantidade de acidentes e mortes envolvendo motocicletas. Das 1.249 vítimas do trânsito em 2014, 440 (35,2% do total) eram motociclistas.
5 - Em que pontos da cidade os equipamentos são utilizados?
São dez aparelhos em 38 pontos das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Os aparelhos são utilizados por agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Dos 1.182 acidentes com vítimas nas duas vias no ano passado, 835 envolveram motos.
6 - As motos podem ser fiscalizadas pelos aparelhos fixos?
Sim, mas apenas se trafegaram no meio das faixas de rolamento. Os motociclistas da capital trafegam entre as faixas, o que evita os flagrantes.
7 - Qual o limite máximo de velocidade que o radar-pistola pode flagrar?
Até 320 km/h.
8 - Qual é a distância máxima que a mira laser do equipamento pode alcançar?
Até 650 metros.
Fontes: Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e Laser Technology, fabricante do equipamento