'Obra minha não cai nem com explosão', diz Maluf sobre viaduto

Deputado usou Facebook para ressaltar estrutura construída na década de 1970; CET a reabriu parcialmente para ônibus

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Por Felipe Cordeiro
Atualização:

SÃO PAULO - O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, comemorou na tarde desta quarta-feira, 24, a decisão da Prefeitura de desistir de demolir o Viaduto Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, e reabri-lo parcialmente para o tráfego de ônibus. "Obra minha não cai nem com explosão", escreveu Maluf em sua página no Facebook.

O provável candidato do PP à Prefeitura afirmou que é responsável pela obra do viaduto na década de 1970 e considerou que a região ficaria "um caos sem ela".

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Um acidente entre dois caminhões no dia 13 seguido de uma explosão danificou a estrutura elevada e causou o fechamento para a circulação de veículos. Na madrugada desta quinta-feira, 25, o viaduto foi reaberto parcialmente somente para ônibus.

Duas faixas estão liberadas, uma em cada sentido, desde as 5 horas. Agentes da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET) monitoram motoristas que passam pela região. Ainda segundo a CET, a mudança ainda provoca reflexo no trânsito.

O deputado federal, ex-prefeito e ex-governador de São PauloPaulo Maluf (PP) Foto: Daniel Teixeira/Estadão

A administração municipal se baseou em três laudos para permitir o trânsito sobre o viaduto: um feito pela empresa Concremat, outro pela Falcão Bauer e o último pelo professor da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Afonso de Oliveira Almeida, engenheiro civil especialista em resistência de materiais.

De acordo com a Prefeitura, os laudos das empresas de engenharia já indicavam que o viaduto não precisaria ser demolido, mas o professor foi contratado para atestar os resultados. “Aguenta 100% (de movimento)? Aguenta. Mas a recomendação é começar gradualmente (a circulação sobre o elevado)”, disse o prefeito Fernando Haddad (PT).

Passageirosdescem dos ônibus na Avenida Santo Amaro e caminham pelo viaduto Foto: Werther Santana/Estadão