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O que fazer na Bela Vista

Um destino imperdível é o Bixiga (mas tem muito mais)

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Por Redação
Atualização:

A Bela Vista é um distrito da região central de São Paulo com cerca de 70 mil habitantes. Abrange, além do bairro homônimo, o Bexiga (um núcleo não-oficial conhecido também como Bixiga) e o Morro dos Ingleses.  É administrada pela subprefeitura da Sé e faz parte do primeiro anel de expansão urbana da capital, que começou a se desenvolver em 1860.

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Hoje, a Bela Vista é um dos pontos de confluência da capital, por se situar na região central e ser importante fonte de cultura. Muitas cantinas, teatros e museus estão por ali, bem como a sede da escola de samba Vai-Vai, a maior campeã do Carnaval de São Paulo. Igualmente notórias são a festa de Nossa Senhora Achiropita, onde a macarronada é consumida aos montes, em agosto, e a comemoração do aniversário da cidade, no dia 25 de janeiro, quando é servido um gigantesco bolo.

A malha viária é generosa: o bairro é servido por importantes avenidas, como Brigadeiro Luiz Antônio, Nove de Julho e Paulista. Ciclovias, pontos de ônibus e três estações da Linha 2-Verde do Metrô (Brigadeiro, Trianon-Masp e Vergueiro) estão nas proximidades. Destacam-se ainda consagrados hospitais, como o Sírio Libanês, o Santa Catarina e a Pro Matre.

Comes e bebes

São muitos os bons e concorridos restaurantes do bairro, mas a Bela Vista é famosa por oferecer uma profusão de cantinas, a exemplo da mais antiga em funcionamento na cidade, a Capuano (R. Cons. Carrão, 416), fundada em 1907. Outra tradicional, na ativa desde 1947, é a Roperto (R. 13 de Maio, 634), famosa pela perna de cabrito, o fusilli e o filé à parmegiana. É vizinho ao Bassi, que fica no 668 da mesma rua. Como o nome completo do lugar diz, trata-se de um templo da carne. No número 1004, outro clássico: a pizzaria Speranza.

Na divisa com o centro, numa travessa da Augusta, fica um dos maiores sucessos turísticos, a Famiglia Mancini (R. Avanhandava, 81) que foi o primeiro dos estabelecimentos abertos pelo empresário Walter Mancini, há 35 anos, na charmosa Avanhandava. Ali, ele também é dono do Walter Mancini Ristorante, do Madrepérola (especializado em frutos do mar) e das lanchonetes Central 22 e Migalhas.

O Ça-Va (R. Carlos Comenale, 277) defende o conceito de bistrô em cardápio enxuto de levada francesa. Há saladas, cremes, quiches, blinis e terrines. Em jantar à luz de velas, os casais costumam recorrer ao menu formule, em que o cozinheiro envia para a mesa entrada, principal e sobremesa por um preço fechado.

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Bares e baladas

A vida noturna da Bela Vista inclui os bares do Bexiga e uma parte do Baixo Augusta. O Café Piu Piu (R. Treze de Maio, 134) é um exemplo do jeitão clássico e despojado que predomina nas casas noturnas do pedaço. Tem mais de três décadas que leva ao palco shows ao vivo de diferentes estilos.

O Mundo Pensante (Rua 13 de Maio, 825) integra música, artes visuais e corporais e filosofia, numa espécie de centro cultural com vida noturna própria, dando espaço para espetáculos, ensaios de grupos artísticos, workshops, exposições e exibição de filmes. No Teatro Mars (Rua João Passalaqua, 80), a mescla é parecida. A programação inclui shows, festas, teatro e dança entre outros.

Passeios e (mais) atividades culturais

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Teatros: tema recorrente nas canções de Adoniran Barbosa, o Bexiga – e consequentemente a Bela Vista em que está inserido – é bastante cultural e boêmio. A concentração de teatros é enorme, em parte porque a Bela Vista encontrou no Bexiga, no fim dos anos 40, sua vocação artística. Foi em 1948 que Franco Zampari inaugurou o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em um sobrado da Rua Major Diogo, semeando uma tradição e fazendo surgir uma espécie de Broadway, onde se instalaram outras casas do gênero. Algumas estão na ativa até hoje, outras são mais novas ou simplesmente foram repaginadas. Para citar alguns desses lugares em miscelânea, é fácil lembrar de Oficina, Vertigem, Gazeta, Maria Della Costa, Sérgio Cardoso, Renault, Bibi Ferreira, Sesi, Raul Cortez, Eva Herz e Renault (antigo Teatro Abril e Cineteatro Paramount, onde Elis Regina apresentou o espetáculo “Falso Brilhante”, em cartaz por mais de um ano).

Museus e centros culturais: situado no segundo andar de um casarão dos anos 1920, o Museu dos Óculos Gioconda Giannini (R. dos Ingleses, 108) foi formado a partir da coleção particular do esteta ótico Miguel Giannini. Documentos, imagens e aparelhos médicos, além de um acervo de mais de 300 óculos estão em exposição, com destaque para peças usadas por celebridades, como Elis Regina, Boris Casoy e Hebe Camargo, e um original chinês do século XVIII. Ficam na Bela Vista também (ou muito, muito perto) a Biblioteca do Instituto Cervantes de São Paulo (Av. Paulista, 2.439), que oferece títulos em catalão, basco e galego, além de outros 15 mil itens, entre revistas, DVDs e livros didáticos; a Casa das Rosas (Av. Paulista, 37) e o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o Masp (Av. Paulista, 1578). De esquecido a inesquecível. Essa é a frase que melhor define o 'novo' Mirante 9 de Julho (Baixo do Viaduto Bernardino Tranchesi, 167,), reinaugurado em agosto deste ano como centro cultural, depois de uma revitalização. O espaço ficou abandonado por décadas e hoje abriga eventos de música e artes em suas mais variadas plataformas. Comida e bebida ficam por conta do 'Isso É Café' e d’O Mercado Efêmero, com quitutes de até R$ 20. 

Novo centro cultural foi inaugurado em agosto desse ano no Mirante 9 de Julho Foto: Gabriela Biló/Estadão

Outras atrações: na Rua 13 de maio, fica a igreja Nossa Senhora da Achiropita, fundada pelos imigrantes italianos em 1926 e cuja festa da padroeira, cheia de comidas típicas, é das mais tradicionais do Brasil e ocorre sempre no mês de agosto. A Praça Roosevelt (entre as ruas Augusta e Consolação) e o Parque Trianon (R. Peixoto Gomide, 949) estão próximos ao bairro e completam a lista de sugestões interessantes e ao ar livre.

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O comércio de antiguidades e artesanato pauta a programação de compras em barraquinhas da região, um programa igualmente bom e distrativo, vale dizer, para quem quer só passear. A Praça Dom Orione (R. 13 de maio, s/ número, na altura da R. Fortaleza) abriga todos os domingos a famosíssima Feira do Bixiga, famosa por suas barracas que comercializam antiguidades e vinis. Há um setor exclusivo de brechós. A Feira de Antiguidades da Paulista, realizada no vão do Masp, também aos domingos (Av. Paulista, 1.578), e a Feira Como Assim (Shopping Center 3, Av. Paulista, 2.064) também merecem a visita.

Na própria Paulista, é claro, há uma rede completa de agências bancárias, shoppings e galerias que comercializam os mais variados produtos e oferecem diversos serviços aos moradores e visitantes da região. 

 

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