O calendário das festas típicas na Liberdade

Tradições orientais tomam conta das ruas do bairro; confira a agenda

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Por Redação
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A cultura oriental marca de forma contundente o calendário do bairro da Liberdade, no centro de São Paulo. Durante boa parte do ano, celebrações típicas ocorrem nas ruas da região e, ao exibir os costumes japoneses e chineses, atraem muitos visitantes. Veja, a seguir, uma agenda.Dezembro (e janeiro) No começo de dezembro, o festival oriental Toyo Matsuri tem apresentações típicas, a exemplo de taikô (tambores japoneses). As exibições são acompanhadas de barracas de comidas, além da já tradicional feira de artesanato.  Do dia 31 de dezembro até o dia 1º de janeiro, é celebrado o Moti Tsuki, a festa do bolinho de arroz. Moti significa bolinho e Tsuki é socar. Trata-se da tradição de reunir a família para socar o arroz e fazer os bolinhos, simbolizando a força necessária para se atravessar o novo ano. O quitute é distribuído pelas ruas da Liberdade até o meio-dia do dia 31, já que neste horário é meia-noite no Japão.Fevereiro O calendário chinês marca o mês de fevereiro. Diferente do costume ocidental, o novo ano é celebrado pelo calendário lunar, fazendo com que a festa caia sempre em uma data diferente. Em 2016, será em 9 de fevereiro, marcando o início do ano do macaco. Na ocasião, os híbridos de dragão com o animal que rege o período desfilam  pelas ruas. 

Movimento durante a Festa do Arroz, promovida por japoneses e seus descendentes para dar boas-vindas ao Ano Novo Foto: Marcio Fernandes/Estadão

Abril  O Hanamatsuri, ou festival das flores, celebra no começo do mês o nascimento de Buda Xaquiamuni. A comemoração ocorre, no bairro oriental, desde 1966. Das 10h às 16h, o público banha uma pequena estátua do Buda com chá doce, servido na praça da Liberdade. Depois, a imagem é colocada sobre a representação de um elefante branco e levada em cortejo pela Rua Galvão Bueno. Organizado pela Federação das Escolas Budistas do Brasil e a Associação Cultural e Assistencial da Liberdade, a cerimônia representa a história da rainha Maya, que sonhou com um elefante branco entrando em seu corpo antes de dar à luz a Siddharta Gautama, que viria a ser o Buda. Maio Em datas variáveis, a Associação Cultural e Assistencial da Liberdade, a Confederação Brasileira de Sumo e a Federação Paulista de Sumo organizam na praça da Liberdade um importante campeonato da milenar luta japonesa. Destaque para toda a tradição que envolve a luta e a entrada dos competidores na arena. Julho  O Tanabata Matsuri é o bonito festival das estrelas, uma das maiores festas da colônia japonesa no Brasil. Comemorada no bairro desde a década de 70, marca o dia que supostamente seria mais fácil para os deuses atender os pedidos dos humanos (a sétima noite do sétimo mês do ano, mas na Liberdade o evento acontece em datas móveis). As ruas são decoradas com bambus enfeitados e neles o público amarra papeizinhos coloridos nos quais escreve seus desejos. Há música e dança. 

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