Sob o título “A incuria dos paes”, uma nota de 11 de abril de 1914 chamava a atenção para o caso de duas garotinhas de 4 e 5 anos, Margarida e Olinda, que saíram para passear na Villa Leopoldina, um “bairro da Lapa”, e em um campo perto de sua casa comeram (um monte de) joá-bravo. Passaram mal, intoxicadas. Foram socorridas pelo doutor Sá Pinto e levadas para o Hospital da Misericórdia. Será que ficaram bem? Não se sabe.
Veja a seguir, em ordem cronológica, outras notas sobre a Vila Leopoldina. Muitas, como a das meninas, foram publicadas pelo Estado ao longo do século XX.
1.1894
Para fazer propaganda do loteamento de chácaras da região (que daria origem ao bairro), a empresa E. Richter & Company promoveu passeios de barco aos potenciais compradores e organizou um piquenique para 500 convidados. Não deu muito certo, porque a região não era a mais fácil de vender (pantanosa, difícil de construir). Uma das sócias da empresa se chamava Leopoldina Kleeberg, daí o nome do bairro.
2.1914
3. 1942Foi organizada uma quermesse para juntar dinheiro e viabilizar a construção da Paróquia Puríssimo Coração de Maria.4. 1945O escritório Tabyra anunciava a venda de um terreno para fins industriais a 60 cruzeiros o metro quadrado.
5. 1952
Em 1952, foi inaugurado o Cine Ararat (Bagdá?), no número 913 da Rua Guaipá (antiga Rua do Corredor), engrossando a lista das salas de rua da cidade. Tinha capacidade para 1 000 pessoas e exibia filmes todos os dias. Muita gente viu o seriado Flash Gordon em suas matinês de domingo.
6. 1953Em julho, um destaque dos classificados era a propaganda de sobrados residenciais “os dois últimos de um grupo 45”, na altura do número 1260 da então Rua do Corredor (hoje Guaipá): dois quartos, entrada para auto, sala, cozinha e banheiro, por 250 mil cruzeiros.7. 1953O bairro ganhou um telefone público. Era 18 de dezembro quando saiu o anúncio da instalação no Estado.
8.1954