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No Senado, tucano defende ação da PM em SP e critica Haddad

Aloysio Nunes (SP) chama manifestantes de 'baderneiros' e diz que polícia tem de agir 'com energia'

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) usou o plenário do Senado na manhã desta sexta-feira, 14, para defender a atuação da Polícia Militar durante as manifestações contrárias ao reajuste da tarifa de transporte público de São Paulo. O senador rebateu as declarações do prefeito Fernando Haddad (PT), para quem houve um "possível excesso" da ação policial no protesto da noite dessa quinta, 13.

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O quarto protesto na capital deixou ao menos 105 feridos e pessoas que participaram do ato relataram abusos por parte dos policiais. O senador tucano, porém, apontou excessos dos manifestantes, a quem chamou de "baderneiros", em razão de danos causados a ônibus e estações de metrô. "A polícia tem que agir, sim, com energia, para impedir que esses conflitos continuem degenerando em quebra-quebra geral na cidade", afirmou.

A exemplo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Haddad vinha criticando a atuação dos manifestantes nos atos, mas nessa quinta destacou a participação policial: "Na terça-feira, a imagem que ficou foi a violência dos manifestantes. Infelizmente hoje (quinta) não resta dúvida de que a imagem que ficou foi a da violência policial".

Para o senador, Haddad foi precipitado ao comentar o episódio. "Antes mesmo de conclusão de qualquer investigação para dizer se houve, se tem havido ou não, excesso da polícia, o prefeito da cidade de São Paulo vem a público para condenar os excessos da Polícia Militar. Ele que até agora estava em Paris", disse o tucano. O prefeito voltou de Paris nessa quinta, onde participava, juntamente com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), de eventos sobre a candidatura da cidade de São Paulo para sediar a Expo 2020.

Aloysio disse ainda que vê motivação política nos protestos e afirmou que os grupos envolvidos fazem uma "brincadeira fora de hora".

Tarifa mantida. Ementrevistas nesta sexta, Haddad voltou a negar a possibilidade, proposta pelo Ministério Público, de revogar temporariamente o reajuste em troca da suspensão das manifestações. O prefeito afirmou que a administração municipal não entra em um "jogo de tudo ou nada".

O Movimento Passe Livre (MPL), à frente dos protestos, marcou outro ato para esta segunda-feira, 17, no Largo da Batata, na zona oeste, às 17h.

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Com informações da Agência Senado

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