Nível do Cantareira fica estável; outros 5 mananciais têm redução
Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o sistema na Grande São Paulo opera neste sábado com 16% da capacidade
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Por Karla Spotorno (Broadcast)
Atualização:
SÃO PAULO - O Sistema Cantareira foi o único entre os seis mananciais em São Paulo que não sofreu uma redução no nível de armazenamento de água de sexta-feira, 30, para este sábado, 31. Segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o nível do Cantareira manteve-se estável pelo terceiro dia seguido, apesar da falta de chuva sobre o reservatório.
Responsável por abastecer 5,2 milhões de pessoas, o sistema na Grande São Paulo opera com 16% da capacidade, mesmo valor de sexta-feira. Esse indicador considera duas cotas de volume morto, adicionadas no ano passado.
Cantareira precisa de 30 milhões de árvores
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Sistema Cantareira
Técnicos da Embrapa propõe o plantio de 30 milhões de mudas para recompor a mata. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O governo paulista lançou no mês passado o programa Mata Ciliar, que pretende recuperar 20 mil hectares.Foto: Hélvio Romero/Estadão
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A distância entre a linha da vegetação e da água evidencia o quanto o nível recuou. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Para especiaslistas, a reposição da mata ciliar ainda não será suficiente. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O Sistema Cantareira é responsável por abastecer 6,5 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Neste sábado, dia 21 de fevereiro, o nível dos reservatórios que formam o Sistema chegou a 10,2%. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Especialistas dizem que a destruição da mata ciliar tem relação direta com a atual crise hídrica. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Governo paulista e Sabesp estudam qual seria o nível dos reservatórios que oficializaria o rodízio. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Bragança Paulista é um dos municípios que recebe água do Rio Jaguari. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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A ligação entre as represas Jaguarí e Jacareí se transformounum canyon. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Em Bragança Paulista resta apenas 11% de toda a cobertura vegetal no entorno das represas. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Condomínios de luxo de Bragança Paulista tiveram a paisagem ao seu redor modificada com a seca. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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Vista do alto, a paisagem é desoladora: veleiros encalhados muito longe de qualquer sinal de água. Foto: Hélvio Romero/Estadão
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O índice negativo do Cantareira, que passou a ser divulgado após decisão judicial em abril, aponta que o nível do sistemaestá em -13,2%. Esse indicador evidencia que, além de ter acabado a água do reservatório que pode ser usada sem bombeamento (o chamado volume útil), o sistema tem ampliado o comprometimento da reserva técnica (o chamado volume morto), que só pode ser utilizado com bombeamento.
Outros mananciais. O Guarapiranga, atual responsável por abastecer o maior número de clientes da Sabesp (5,8 milhões), perdeu 0,2 ponto porcentual de volume. O sistema opera com 76,5% da capacidade.
Atravessando crise severa, o nível do Alto Tietê também perdeu 0,2 ponto porcentual e cai para 13,7%. Esse cálculo leva em conta um volume morto, acrescentado no ano passado.
Os níveis dos sistemas Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro também sofreram redução. Operam, respectivamente, com 58,0% (-0,1 ponto porcentual), e 86,6% (-0,2 ponto porcentual) e 54,6% (-0,4 ponto porcentual) de suas capacidades de armazenamento de água.