MTST promete levar 10 mil à Câmara nesta terça-feira

Protesto tem por objetivo pressionar os vereadores a votar o novo Plano Diretor, que beneficia quatro ocupações do grupo

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Por Adriana Ferraz e Laura Maia de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - Após ocupar mais um terreno na capital e ameaçar invadir uma área nova por semana, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) promete levar 10 mil pessoas nesta terça-feira, 24, à Câmara Municipal. Mais uma vez, o protesto tem por objetivo pressionar os vereadores a votar o novo Plano Diretor, que beneficia quatro ocupações do grupo. O impasse, porém, deve prosseguir. Nesta segunda, integrantes da oposição avisaram que não vão agir mediante chantagem. 

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“Não vamos legitimar o que é ilegítimo. Essa pressão toda mais atrapalha do que ajuda. É preciso que se compreenda que o Plano Diretor ainda não está pronto para ser votado. Muitos vereadores, até da base do prefeito Fernando Haddad, têm demandas, emendas que querem discutir”, disse Andrea Matarazzo (PSDB), presidente da Comissão de Política Urbana.

Segundo a coordenação do MTST, os parlamentares não cumpriram nenhuma das datas acertadas com o grupo para a aprovação do plano - o texto já entrou na pauta diversas vezes, mas não foi à votação. Alguns líderes partidários também haviam combinado com o movimento que classificariam o terreno da Ocupação Copa do Povo, na zona leste, como uma Zona de Interesse Social (Zeis). Mas a proposta, apresentada pelo vereador Alfredinho (PT), ainda não foi lida em plenário.

Pressão. De acordo com José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, cerca de 5 mil moradores de diferentes ocupações da capital estão dispostos a permanecer na frente da Câmara até que o projeto que reordena o crescimento da cidade nos próximos 16 anos seja votado. “É a forma que temos para chamar a atenção”, disse.

Nesta segunda, a construtora Even, dona do terreno invadido no sábado pelo MTST e nomeado de “Portal do Povo”, informou que já entrou com pedido de reintegração de posse.

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