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MTST ameaça uma nova ocupação a cada semana em que o Plano Diretor não for votado

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou terreno no Morumbi, na zona sul da cidade, na madrugada de sexta-feira, 20

Por Laura Maia de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - "A cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade", afirmou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em nota enviada à imprensa na tarde deste domingo, 22. Na madrugada de sexta-feira, 20, o movimento invadiu um terreno particular no Morumbi, na zona sul da cidade, como forma de protesto contra a demora da votação do projeto que reordena o crescimento de São Paulo pelos próximos 16 anos.Em menos de 12 horas, cerca de 600 barracos foram erguidos na área que pertence a construtora Even na Rua Doutor Luís Migliano.

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Segundo José Afonso, da Secretaria Nacional do MTST, as ocupações não são apenas uma forma de pressão, mas também uma necessidade. "O movimento cumpriu a sua parte, falta o governo cumprir a dele. Há vários terrenos na cidade simplesmente reservados para especulação imobiliária, sem interesse nenhum para construir", disse Afonso.

O aviso de que uma ocupação “nascerá” a cada semana também foi publicado na página do movimento no Facebook: “Recado do MTST aos Vereadores de São Paulo:A cada semana de atraso na votação do Plano Diretor, uma nova ocupação nascerá na cidade. Ontem foi no Morumbi...A luta é pra valer!”, afirmaram.

A construtora Even, dona do terreno ocupado neste final de semana, disse, por meio de nota, que ficou indignada com a invasão e que tomará as medidas legais necessárias para a reintegração de posse da área. A empresa disse ainda que a construção de um empreendimento no terreno depende da aprovação do projeto por parte da prefeitura. "O terreno é propriedade privada, adquirido há quase 3 anos, e o projeto para a construção de um empreendimento residencial foi protocolado na Prefeitura de São Paulo imediatamente após sua aquisição.O lançamento será feito após sua aprovação", diz a nota.

Segundo a Prefeitura, a aprovação de um projeto de construção depende do atendimento das legislações municipais pelo interessado. A Secretaria Municipal de Licenciamento afirmou, entretanto, que vai levantar na segunda-feira, 23, o andamento da documentação do empreendimento em questão.

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