Motoristas começam a sentir efeitos da nova estrada

Para alguns, a via facilitou o fluxo de veículos; para outros, somente hoje será [br]possível fazer avaliação

PUBLICIDADE

Por Paulo Sampaio
Atualização:

Sexta-feira Santa, um dia após a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel ? que interliga as rodovias Anhanguera, Imigrantes e Régis Bittencourt ?, taxistas avaliam os reflexos da via no trânsito de São Paulo. "Levei 12 minutos, quinta-feira à tarde, do Cebolão (Castelo Branco) até aqui (Aeroporto de Congonhas). Não faria esse trajeto em menos de 40 minutos", diz Roberval de Oliveira, de 52 anos. "Do Cemitério da Vila Alpina ao aeroporto, às 20h, contei só três caminhões", afirma Márcio Ribeiro, de 35 anos. O fluxo de veículos nas vias de acesso ao aeroporto, especialmente na Avenida dos Bandeirantes, que tem trânsito intenso de caminhões, é bom termômetro para avaliar os efeitos do Rodoanel. Adilson Nascimento, de 56 anos, acredita que o trânsito vai melhorar quando os motoristas estiverem familiarizados com as opções de itinerário. "Muita gente não sabe como pegar o Rodoanel. Alguns não sabem nem onde fica", afirma.Moradores da zona sul. Flávio Lambstain, de 31 anos, concorda com o taxista. "Leva um tempo até o pessoal perceber que a Bandeirantes pode ser opção de caminho livre", diz o auditor que mora na própria avenida, tem clientes em Alphaville e costuma rodar 50 km por dia.Para o corretor de imóveis Marcelo Soares, de 38 anos, morador do Planalto Paulista, o trânsito estava melhor na quinta-feira, mas apenas à tarde. "A Marginal (Pinheiros) e a Bandeirantes estavam paradas de manhã", afirma Soares. Segundo a CET, a lentidão foi maior de manhã. Mas o gráfico comparativo do trânsito em relação à véspera do mesmo feriado no ano passado, às 19h, aponta ganho de até 71% neste ano. Frequentadores de uma confeitaria na Avenida Ibirapuera, em Moema, e moradores do bairro, não chegaram a um consenso. Para as seis pessoas sentadas à mesa do comerciante Isac Alves do Bonfim, de 61 anos, é como se o Rodoanel não houvesse sido inaugurado. "Ainda não deu pra ver a diferença", diz ele. Na mesa vizinha, o economista Wendel Caldas, de 30 anos, e sua mulher, Regiane Vendramini, de 35, acham que o trânsito da região está melhor. Caldas conta que, no passado, chegou a levar 20 minutos para percorrer o trecho de 1,5 km que vai da Avenida dos Bandeirantes à Alameda dos Maracatins. "Anteontem fiz em 5 minutos, às 19h.", diz ele. Na Avenida Luiz Carlos Berrini, o motoqueiro Josué de Souza, de 25 anos, diz que ainda não sentiu melhora no trânsito. "É cedo para avaliar. Acho que segunda-feira (hoje), começa o teste de verdade."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.