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Mortes no trânsito caem 18,5% em São Paulo no 1º semestre

Estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mostra que óbitos caíram de 637 para 519 nos seis primeiros meses de 2015

Por Isabela Palhares
Atualização:

SÃO PAULO - O número de mortes no trânsito em São Paulo caiu 18,5% no primeiro semestre deste ano, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira, 29, pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Nos primeiros seis meses de 2015 foram registradas 519 mortes e, no mesmo período de 2014, foram 637. O prefeito Fernando Haddad (PT) atribuiu a redução a um conjunto de ações da companhia para dar mais segurança ao trânsito, como a implantação de faixas e semáforos para pedestres e lombadas eletrônicas.

Em todas as categorias houve redução das mortes. A principal queda foi no número de ciclistas mortos, que caiu de 28 para 15 neste ano - redução de 46,3%. A segunda maior queda foi a de morte de motoristas e passageiros, que caiu de 115 para 85 no período - 26%. A morte de pedestres e motociclistas também teve redução de 16% e 14,1%, respectivamente.

Rodízio de veículos está suspenso em São Paulo a partir do dia 23 de dezembro Foto: Hélvio Romero/Estadão

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"(A redução) é fruto do trabalho da CET, que tem atuado fortemente nos bairros. Com o programa CET nos Bairros, os agentes ficam uma semana em cada local para ouvir a população, que é quem orienta e indica os locais que estão perigosos. A gente pode dizer que esse é um trabalho que foi feito pela população que orientou os técnicos, que depois julgaram qual era a tecnologia mais adequada para cada problema", disse Haddad.

Ainda de acordo com o levantamento da CET, o índice anual de mortes no trânsito a cada cem mil habitantes passou de 10,35 para 9,45 no período. O prefeito disse que a meta da cidade é reduzir para seis mortes a cada cem mil habitantes até 2020, de acordo com o compromisso firmado com a Organização das Nações Unidas (ONU).

"Todas as iniciativas se traduzem nesses números. O ciclista está mais seguro na cidade, isso se deve à malha cicloviária. Houve redução de mortes de pedestres, isso é reflexo de mais faixas e semáforos de pedestres. Temos um programa de proteção à vida que está em curso. Os números são bons, mas temos um longo caminho pela frente", disse o prefeito.

De acordo com o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, as vias que concentraram o maior número de acidentes no primeiro semestre foram justamente as marginais e as avenidas que tiveram redução de velocidade a partir de junho, como por exemplo as avenidas Jacu-Pêssego, Aricanduva, Teotônio Vilela e a estrada M'Boi Mirim.

"Todas as vezes que fazíamos esse levantamento, as marginais se mostravam irredutíveis quanto ao número de acidentes. O único momento em que isso começou a mudar foi quando reduzimos as velocidades, que foi depois de junho e portanto ainda não conseguimos com esse estudo do primeiro semestre medir esse impacto".

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