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Morte na Operação Delegada foi 'caso isolado', diz Haddad

Prefeito comentou ação da PM que resultou na morte; operação é fruto de parceria entre a polícia e a administração municipal

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Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:
Para Haddad, é necessário esperar a apuração da ocorrência "para saber o que de fato aconteceu" Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Atualizado às 18h29 para correção de informações SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), classificou a ação do policial militar que matou o comerciante ambulante Carlos Augusto Muniz Braga na tarde desta quinta-feira, 18, como um "caso isolado" no âmbito da Operação Delegada - segundo ele, é a primeira vez que essa atividade policial resulta em ocorrência de morte. Três policiais trabalhavam na operação, que é um convênio da Prefeitura com a PM para fiscalizar e combater o comércio irregular na capital, quando uma confusão foi iniciada no bairro da Lapa, na zona oeste. Para Haddad, é necessário esperar a apuração da ocorrência "para saber o que de fato aconteceu". Imagens de testemunhas, no entanto, deixam claro a ação de um PM e o momento do disparo de arma de fogo que atingiu a cabeça e matou o camelô (assista abaixo). O prefeito destacou a necessidade de análise permanente da operação. "Isso é um processo permanente. Acho que é um caso isolado (o de ontem), mas que tem que ser analisado em profundidade para saber se houve um comportamento indevido por parte do policial ou se é uma atitude mais generalizada", disse enquanto cumpria agenda na manhã desta sexta-feira, 19. Já o governador Geraldo Alckmin lembrou que a Corregedoria da PM e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, já estão apurando os fatos. "Não é pelo fato de ele ser ou não da Operação delegada. Precisa verificar os procedimentos que foram feitos pelo policiais", disse o governador.

Policial disparou na cabeça de ambulante depois que este tentou roubar spray de pimenta; vendedor ainda caminhou alguns metros antes de cair Foto: Reprodução

Erro. Em entrevista à Rádio Estadão, o comandante-geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, admitiu que a morte do camelô foi consequência de um erro do policial que agia na ocorrência. "Verificamos que o policial se precipitou e atirou indevidamente no camelô e portanto ele cometeu um crime e vai responder por isso", disse o oficial. O comandante descartou que a morte nesta quinta-feira seja reflexo de um mau preparo dos policiais no Estado. De acordo com Meira, São Paulo é o Estado brasileiro que mais investe na preparação dos seus quadros. "O policial sabe o que tem que fazer, o que pode fazer. É óbvio que num universo de 83 mil homens e mulheres que existem os profissionais que erram. Esse foi um caso de erro", disse./COLABOROU RICARDO CHAPOLA

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