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Morre mulher ferida em confusão com seguranças da CPTM

Vigilante de 38 anos, que alegava estar grávida, foi barrada de vagão preferencial; acabou caindo e sendo atingida na cabeça por um trem

Por Laura Maia de Castro
Atualização:

Atualizada às 17h56

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SÃO PAULO - A vigilante Nivanilde de Silva Souza, de 38 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira, 28, segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, em Santa Cecília. De acordo o hospital, a família de Nivanilde não autorizou a divulgação da causa da morte, que aconteceu por volta das 2h30, nem o resultado do exame de gravidez. Ela estava internada desde a terça-feira, 25, depois que caiu na plataforma e foi atingida por um trem ao ser abordada por seguranças na Estação Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, titular da Divisão de Atendimento ao Turista (Deatur), responsável também pela CPTM, disse que ainda aguarda as imagens de circuito interno. Segundo ele, uma delegada assistiu as imagens no monitor da CPTM, mas os vídeos não foram enviadados à polícia ainda. "Já ouvimos o estagiário, dois seguranças e duas testemunhas, mas eles serão chamados novamente na próxima quinta-feira (6)."

Na quarta-feira, Gonçalves havia afirmado que a mulher era gestante e teria sido impedida de entrar no vagão especial pelo estagiário da estação, por não apresentar um documento que comprovasse a gestação. "Parece que esse menino a puxou, e ela o empurrou de volta. Então ela teria caído no chão e dois seguranças lhe deram voz de prisão por ter agredido o menor. Nesse bate-boca, ela tentou se desvencilhar, deu dois passos atrás e, quando o trem estava saindo, pegou na cabeça dela", relatou o delegado.

Testemunhas afirmaram não ter visto o momento da queda. Nivanilde foi levada em estado grave para a Santa Casa de Misericórdia, onde morreu nesta sexta-feira. 

Uma das testemunhas ouvidas pela polícia relatou que, no dia anterior ao caso de Nivanilde, o estagiário havia rasgado o xerox do RG de um senhor que apresentou o documento para entrar no vagão especial.

Registro.

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O caso foi registrado inicialmente na Delegacia do Metropolitano (Delpom) como abuso de autoridade e lesão corporal gravíssima. Os seguranças ficarão afastados até o fim da investigação, segundo a CPTM. Segundo eles, a mulher caiu em meio à confusão, quando tentava se soltar.

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