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MPF abre dois inquéritos para investigar desabamento de prédio em SP

Procuradoria chegou a recomendar no ano passado a realização de uma 'reforma emergencial' no prédio de 22 andares

Por Bruno Ribeiro
Atualização:
Prédio no centro de São Paulo desabou após incêndio Foto: Daniel Teixeira/Estadão

SÃO PAULO - A Procuradoria da República em São Paulo abriu dois inquéritos por causa do incêndio e desabamento do Edifício Wilton Paes de Andrade, no Largo do Paiçandu, no centro de São Paulo, ocorrido na madrugada da terça-feira, 1º.

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O imóvel pertencia à União. Uma das investigações vai apurar atos de improbidade administrativa. Outra, vai acompanhar o atendimento dado às famílias que ocupavam o imóvel, averiguando a realocação delas e até possíveis indenizações.

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O Ministério Público Federal já tinha um procedimento de investigação aberto desde 2017. Nele, a Procuradoria em São Paulo chegou a recomendar a realização de uma "reforma emergencial" no prédio de 22 andares, então ocupado por cerca de 150 famílias. A recomendação era resultado de apurações feitas no ano passado que constataram que o local não oferecia condições de segurança e estava exposto a risco de incêndios.

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A recomendação, entretanto, foi respondida pela Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo (SPU/SP) em novembro passado com a informação de que União e Prefeitura vinham negociando a transferência do prédio para a administração municipal. As eventuais reformas, se fossem feitas, segundo a SPU/SP, ficariam a cargo da cidade. A partir de janeiro, a Prefeitura passou a negociar com os moradores que deixassem a área. Houve seis reuniões, mas não se chegou a um acordo.

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