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'Marcha da Maconha' mobiliza 4 mil pessoas no centro de São Paulo

Evento que pede a legalização do consumo da droga saiu da Avenida Paulista em caminhada até o Largo São Francisco

Por Juliana Diógenes
Atualização:

Atualizado às 19h09

Manifestantes se concentram no vão do Masp, na Avenida Paulista. Foto: Daniel Teixeira

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SÃO PAULO - Cerca de 4 mil pessoas, na estimativa da Polícia Militar, participaram neste sábado, 23, da Marcha da Maconha em São Paulo. Os manifestantes se concentram no vão-livre do Masp e depois seguiram para o Largo de São Francisco, na região central da capital. A organização do movimento acreditava existir maior adesão, com cerca de 10 mil participantes.

Os integrantes do movimento levavam faixas, cartazes e cigarros gigantes para pedir a legalização da maconha. Muitos usavam a droga no meio da multidão. Não houve registro de tumulto.

Os organizadores do evento informaram que “desconvidaram” a Polícia Militar, que acompanhou o ato a distância. Questionado sobre o uso da droga durante a marcha, o tenente Markus Castro, comandante da operação, limitou-se a dizer que “a lei proíbe”. “Como está pacífico, não tem necessidade de ficar no meio. Queremos paz e amor”, disse o policial. 

Esta é a primeira marcha da artista performática Julia Zumbano, de 39 anos. Ela levou o filho, de 5, para mostrar que “é normal fumar”. “Maconha sempre existiu, é consumida há 4 mil anos, e sempre vai existir esse que é um vínculo muito grande do ser humano com a natureza”, afirmou.

Durante a marcha, uma criança de 12 anos que sofre de doença rara e há um ano usa canabidiol como tratamento teve uma convulsão, foi socorrida e passa bem. A família foi ao ato para mostrar a “importância da pesquisa”. “Quando ela tem uma emoção ou está eufórica, desencadeia a crise. Por isso a importância da pesquisa”, disse o pai.

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