Marcantonio Vilaça terá sala no MAM do Rio

Museu vai exibir em novo anexo parte do acervo do pernambucano, um dos maiores colecionadores de arte brasileira

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Por Bruno Boghossian do Rio
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Ao morrer prematuramente, aos 37 anos, em 1.º de janeiro de 2000, o pernambucano Marcantonio Vilaça já havia inscrito seu nome no mercado das artes plásticas como um dos mais importantes colecionadores de obras contemporâneas brasileiras. O dono de um dos mais importantes acervos do País, consagrado por seu papel na internacionalização da arte nacional, será homenageado com uma sala para abrigar parte de seu acervo em um novo anexo do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio, cuja construção foi autorizada dia 15. "Se hoje a arte brasileira tem prestígio no exterior, deve a Marcantonio Vilaça", afirma o presidente do MAM, Carlos Alberto Gouvêa Chateaubriand. O novo prédio do MAM, com 2.632 m² de área construída, também terá uma sala dedicada à obra do fotógrafo Joaquim Paiva, espaço para jovens artistas e uma área para abrigar parte da reserva técnica do museu, que é de quase 15 mil obras. Está prevista também a construção de estacionamento subterrâneo, auditório e salas para cursos. A previsão é de que a obra consuma R$ 9 milhões e dure um ano e meio. O projeto do novo anexo teve de ser aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) porque o prédio do MAM, idealizado pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, foi tombado em 1965 e está situado no Parque do Flamengo, projetado por Burle Marx e também protegido. O arquiteto responsável pelo novo anexo, Glauco Campelo, disse que procurou privilegiar uma estrutura leve para evitar comparações com o pavilhão principal do museu. "É uma obra simples porque está na presença de um bem tombado que é um ícone da arquitetura brasileira."

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