Manifestantes protestam na Paulista por moradia e contra a Copa do Mundo

Ato reuniu cerca de 600 pessoas no vão livre do Masp

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Por Diego Zanchetta
Atualização:

Texto atualizado às 23h

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SÃO PAULO - Integrantes do movimento Copa Pra Quem? e de movimentos de sem-teto fizeram uma manifestação na tarde desta sexta-feira, 14, na Avenida Paulista, região central de São Paulo. Cerca de 600 manifestantes que estavam no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) ocuparam todas as faixas da avenida no sentido Consolação. Além das pautas próprias de cada grupo, ambos aproveitaram para fazer um ato de desagravo contra a violência policial, por conta de supostos excessos denunciados durante a marcha pela redução da tarifa de ônibus na cidade, na noite desta quinta-feira, 13.

O protesto correu de maneira pacífica e foi acompanhado por um caminhão de som. A PM tentou evitar o fechamento da avenida.

O movimento Copa Pra Quem? questionou a remoção de moradores em decorrência de obras próximas a estádios da Copa do Mundo, além do montante de recursos públicos empregados para a realização do evento. "Nós não podemos aceitar um ingresso caro. A Copa está sendo feita com dinheiro público e ninguém vai poder usufruir do evento. Vai se abrir um estado de exceção", disse Guilherme Boulos, presidente organizador do ato Copa Pra Quem.

Andre Ferrari, da convenção nacional do PSOL, também afirmou que a mobilização tomou a liberdade de expressão como causa. "Essa também é uma manifestação contra a violência da polícia de ontem". O ato também reuniu moradores do Pinheiro - área em São José dos Campos alvo de uma reintegração de posse em 2011.

Folhetos distribuídos e cartazes faziam menção à redução da tarifa de ônibus na capital, motivo de quatro grandes manifestações e confrontos desde a quinta-feira passada, 6. "A experiência demonstra que com luta é possível derrotar e obter a conquista", diz o material de divulgação, que cita outras passeatas que estão ocorrendo pela redução do preço da passagem do ônibus, como a de Porto Alegre, Goiânia, Natal e Teresina. O grupo também repetiu as seguintes palavras de ordem: "Dança até o chão, todo mundo unido contra a repressão."

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