Lojistas pedem plano de segurança mais rígido

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Por Flavia Tavares
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Depois de pelo menos 15 minutos deitada no chão da loja de vinhos, Catherine Prince finalmente se ergueu, ainda lamentando ter perdido a venda de uma adega de R$ 4 mil. O tiroteio entre assaltantes e seguranças do shopping que, segundo ela, saíram correndo, poderia ter sido evitado, acredita, se as joalherias e os bancos ficassem em andares superiores, com mais obstáculos para o fluxo de clientes. "A H.Stern também é no térreo. Fica vulnerável", diz a vendedora.Na frente da loja de acessórios atingida por duas balas na confusão, uma lojista que não quis se identificar "por medo de sequestro" defendia a instalação imediata de detectores de metal nas portas do shopping. "Dizem que isso afasta os consumidores. Mas não vivemos na Suíça", disse a proprietária de outras lojas nos shoppings Iguatemi, Higienópolis e Anália Franco. "A segurança do Morumbi é a melhor de todas."Ela já trabalhava no Morumbi em 1999, quando Mateus da Costa Meira atirou no cinema e matou três pessoas. A lojista conta que naquela época o shopping mantinha seguranças armados - na verdade, policiais que faziam bico na folga. Depois do episódio do atirador, eles teriam deixado de contratar esses serviços.A administração do shopping, por meio da Assessoria de Imprensa, disse que "há pelo menos 10 anos não tem funcionários que andam armados" e não revelou detalhes sobre a segurança "por razões estratégicas". Informou apenas que vai avaliar o plano de ação daqui para frente.

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