A Prefeitura de São Paulo começa hoje fazer a maior mudança no sistema de varrição pública de São Paulo desde a década de 1970. Às 10 horas, os envelopes da concorrência para o novo sistema de limpeza da cidade serão abertos no prédio da Secretaria de Serviços, no centro. As empresas vencedoras serão responsáveis por tarefas tão distintas quanto varrer ruas - inclusive aos domingos -, retirar propaganda irregular, instalar lixeiras e desentupir bueiros.Cada um desses serviços está hoje disperso em diferentes contratos e gestores. Com a nova licitação, a cidade passará a ser dividida em dois lotes - cada um assumido por um consórcio diferente, que pode ser composto por até três empresas. Segundo a Prefeitura, a unificação deixará a cidade mais limpa e organizada.O preço total do serviço será de R$ 2,1 bilhões por três anos. A previsão é de que os novos trabalhos comecem ainda em novembro, quando vencem os atuais contratos, que vêm sido renovados anualmente desde 2006. Inovação. Para especialistas, o novo modelo representa inovação sem precedentes no sistema de varrição, que funciona sem grandes mudanças desde 1971. Naquele ano, iniciou-se a contratação de garis terceirizados - 360, vestindo uniformes laranjas similares aos atuais, ganharam o apelido de "cenourinhas" enquanto varriam 2,5 quilômetros de ruas no centro da cidade.De lá para cá, a porcentagem de serviço terceirizado foi aumentando. Na gestão de Mário Covas (1983-85), chegou a 20%. Com Jânio Quadros (1986-88), as empresas passaram a controlar 100% da varrição, como permanece até hoje.
Pacote de serviços
5,2 mil kmde ruas serão varridas por dia
500 bueirosserão limpos por equipe a cada mês
150 mil lixeiras pela cidade terão de ser instaladas e mantidas limpas
12.896funcionários no total vão trabalhar na limpeza da cidade