PUBLICIDADE

Lentidão é recorde em dia de cratera, chuva e protesto

Capital teve 215 km de congestionamento; cedo, buraco travou Marginal e, à tarde, manifestação parou o centro

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Os motoristas paulistanos experimentaram ontem o pior trânsito do ano na cidade de São Paulo. O pico aconteceu às 19h20, quando a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 215 quilômetros de engarrafamento. Todo esse transtorno foi provocado por diversas razões: era sexta-feira, quando há mais veículos nas ruas, chovia nas zonas leste e norte e uma manifestação de professores travou várias vias importantes do centro. O maior engarrafamento de 2010 havia sido registrado em 26 de janeiro, quando 175 quilômetros de vias apresentaram lentidão às 18h30.Além disso, pela manhã, duas faixas da pista local Marginal do Tietê foram interditadas por causa de uma cratera de 3 metros de profundidade e seis de comprimento aberta próximo à Ponte das Bandeiras, sentido Castelo Branco. Por volta das 6 horas, um veículo que passava pelo local caiu no buraco. O motorista foi resgatado sem ferimentos. A lentidão na cidade chegou a 123 km, às 9h, sendo 14 km na Tietê. A Secretaria de Coordenação de Subprefeituras afirma que a cratera foi provocada por um solapamento (afundamento) do solo. De acordo com a pasta, foi preciso "aumentar as dimensões do buraco para refazer a estrutura do pavimento, evitando assim problemas futuros". Em nota, a CET informou que a passagem de um caminhão teria provocado o afundamento da pista.Agentes da CET e engenheiros da Desenvolvimento Rodoviários S.A. (Dersa), empresa responsável pelas obras da Nova Marginal, disseram que o vazamento de água de uma galeria pluvial, tubulação de água ou de esgoto pode ter ocasionado a movimentação do solo e a cratera. Para o engenheiro Roberto Kochen, do Instituto de Engenharia, normalmente esse tipo de buraco é provocado por erosão originada de vazamento de água ou esgoto. "Se tivesse um cadastro único do subterrâneo na cidade seria mais fácil entender o que aconteceu."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.