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Justiça mantém prisão de zelador suspeito de homicídio em Perdizes

Motoboy foi morto a tiros no dia 9 de abril; principal suspeito do crime fugiu em seguida e só se entregou à polícia 24 horas depois

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - A Justiça negou pedido de revogação da prisão do zelador Francisco da Costa Silva, suspeito de matar a tiros o motoboy Júlio César Galvão no dia 9 de abril no bairro de Perdizes, na zona oeste de São Paulo. A defesa também havia requerido o segredo de justiça no trâmite do processo, mas a requisição foi negada. O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5.ª Vara do Júri de São Paulo, que apreciou os pedidos, destacou que o suspeito fugiu da cena do crime e que as investigações ainda não foram encerradas. “Além disso, apesar de admitir a autoria dos disparos, sequer apresentou à polícia a respectiva arma, alegando que a jogou de um viaduto”, expôs o magistrado na decisão. Quanto ao segredo de justiça pleiteado, o juiz disse que não se justificava visto a ampla divulgação do caso pela mídia, “o que, por si só, já explicita a inutilidade do sigilo pretendido”. O processo segue tramitando na Vara do Júri e poderá resultar na pronúncia do zelador a júri popular, se a Justiça entender que há elementos suficientes para o julgamento, ainda sem data para acontecer. O caso.  A motivação para o crime supostamente cometido pelo zelador seria passional. De acordo com o que testemunhas relataram à polícia, Júlio César Galvão teria ido ao prédio que o zelador trabalha para tirar satisfações do contato mantido entre ele e a mulher do motoboy, Kátia Gonçalves, de 28 anos. A jovem trabalhava próximo ao prédio de Costa e teria relatado ao marido incômodo diante da procura constante do zelador por ela. Galvão foi atingido em via pública e Costa fugiu logo após o crime, entregando-se à polícia 24 horas depois. De acordo com o delegado titular do 23 DP, Perdizes, Lupércio Antônio Dimov, o zelador será indiciado por homicídio duplamente qualificado. Para Dimov, o crime foi premeditado, já que o zelador portava uma arma no momento da discussão. "Segundo a esposa de Júlio, ela trabalhava em uma loja de material de construção e estava sendo assediada pelo acusado, que mandava mensagens", disse o delegado. Uma equipe da Polícia foi designada especificamente para este caso.

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