Justiça mantém mãe de Joaquim livre e padrasto preso

Natália Ponte obteve o habeas corpo definitivo para aguardar em liberdade o julgamento do filho

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Por Rene Moreira
Atualização:

FRANCA - Uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) mantém a psicóloga Natália Ponte em liberdade até o julgamento da morte do filho, Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, ocorrida em novembro do ano passado. Ela chegou a ser presa, mas há dois meses está na casa dos pais em São Joaquim da Barra (SP) graças a uma decisão provisória.

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Agora, com o habeas corpus definitivo concedido nesta segunda-feira (17), continuará em liberdade. Para o desembargador Péricles Piza, da 1.ª Câmara de Direito Criminal, a mãe do menino não prejudica o andamento do processo mesmo estando livre. Natália tem outro filho, de 8 meses, que está sob seus cuidados.

Também envolvido no caso, Guilherme Longo, o padrasto de Joaquim, não teve a mesma sorte. O Tribunal de Justiça decidiu que ele deverá continuar preso até que a morte do menino seja julgada. Ele está preso na Penitenciária de Tremembé, onde deverá continuar porque o desembargador considerou que sua prisão está fundamentada e se justifica.

Histórico. Joaquim Ponte Marques sumiu de sua casa em Ribeirão Preto e uma semana depois seu corpo foi localizado boiando em um rio em Barretos. Para a polícia e o Ministério Público, o padrasto teria matado a criança com uma dose excessiva de insulina - o garoto era diabético - e jogado o corpo no córrego perto de sua casa. Esse córrego deságua no rio onde o corpo foi localizado.

A mãe responde ao processo porque, mesmo não tendo participação direta no crime, teria sido omissa por saber do perigo que o filho corria ao viver no mesmo ambiente que o padrasto. Os dois negam qualquer participação na morte da criança.

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