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Justiça bloqueia bens de ex-diretor da Fundação Teatro Municipal

José Luiz Herencia teria causado prejuízo de R$ 18 mi aos cofres públicos; medida atinge também mãe e ex-namorada do acusado

Por Alexandre Hisayasu
Atualização:
O ex-diretor-geral da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, José Luiz Herencia, é alvo de investigação conjunta da Controladoria-Geral do Município e do Ministério Público Estadual (MPE) por suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito durante sua gestão. Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO

SÃO PAULO - O juiz Paulo de Abreu Lorenzino determinou o bloqueio dos bens do ex-diretor da Fundação Teatro Municipal, José Luiz Herencia. Ele é investigado pelo Ministério Público por suspeita de corrupção, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e de causar um prejuízo de R$ 18 milhões aos cofres públicos. A medida judicial também atinge a mãe do acusado e a ex-namorada.

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O magistrado aceitou todos os argumentos dos promotores do Grupo Especial de Combate a Delitos Econômicos (Gedec). A investigação apurou que Herencia adquiriu patrimônio incompatível com sua renda. Segundo o Ministério Público, ele é dono de três terrenos em Ilhabela, em São Sebastião, no litoral norte, dois apartamentos (um deles avaliado em R$ 5 milhões) e quatro carros de luxo. Os promotores afirmam que alguns bens foram registrados no nome da mãe e da ex-namorada do investigado e que ele ainda usaria as contas bancárias delas para movimentar dinheiro ilícito.

Segundo as investigações, só de janeiro a maio de 2014, Herencia movimentou cerca de R$ 2,8 milhões, embora tivesse renda mensal de R$ 11 mil. A decisão da Justiça é de 15 de janeiro e determina o bloqueio das contas bancárias dos três investigados e das empresas relacionadas a eles.

Herencia assumiu a direção da fundação em 2013 e pediu exoneração do cargo, em novembro de 2015, depois de desentendimentos com o maestro John Neschling. A Controladoria Geral do Município (CGM) iniciou uma investigação após constatar que contratos assinados por Herencia apresentaram gastos elevados.

Em dezembro, a CGM e o Gedec fizeram uma operação e apreenderam computadores e documentos na casa e na empresa de Herencia. Buscas também foram feitas na casa da mãe. Na época, ele negou as acusações e disse que colaboraria com as investigações. Nesta terça, ele não foi localizado para comentar o caso.  

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