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Justiça decreta prisão de PM acusado de matar publicitária

Guilherme Carvalho da Silva respondia às acusações em liberdade após ser solto em audiência de custódia

Por Alexandre Hisayasu
Atualização:

SÃO PAULO - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a prisão preventiva do policial militar Guilherme Carvalho Oliveira, acusado de atirar contra um carro que saía de um posto de gasolina e matar a publicitária Maria Cláudia Padace, de 33 anos, que estava no banco do passageiro. O crime aconteceu no dia 12, na zona leste, e o PM chegou a ser preso em flagrante por homicídio doloso, mas acabou solto pelo juiz Fernando Oliveira Camargo durante audiência de custódia no dia seguinte.

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Para soltar o policial, o juiz Camargo afirmou em seu despacho "que os fatos tratados são graves e deverão ser apurados de forma cabal. Entretanto, não entendo que custódia cautelar do investigado seja necessária como forma de evitar a prática de novos crimes. Trata-se de investigado primário, integrante do corpo da Polícia Militar, o que por si só demonstra que a sua liberdade não coloca em risco a sociedade".

Na nova decisão proferida nesta quinta-feira, o desembargador Walter da Silva considerou os argumentos do Ministério Público, que impetrou mandado de segurança contra a decisão de primeira instância. "Além da materialidade do delito, há fortes indícios de autoria, havendo a necessidade de prisão cautelar para garantia da ordem pública, que não se limita a prevenir a reprodução de fatos criminosos, mas também acautelar os interesses sociais de segurança", afirmou o desembargador em seu despacho.

Segundo apurações da Polícia Civil, o marido da publicitária bateu o carro e derrubou uma amiga do PM quando dava marcha à ré e saiu sem prestar socorro. Nas imagens de câmeras de segurança, o policial e um amigo dele correm atrás do carro. Depois, o PM atira. O disparo acertou o pescoço da publicitária. A filha dela de três anos estava no banco de trás e não se feriu.

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