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Jovem é detido após invadir e passar a noite em presídio do interior

Ainda não se sabe ao certo como o rapaz conseguiu burlar a vigilância e ingressar na unidade em Tremembé

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Um jovem de 18 anos foi detido na manhã desta terça-feira, 27, depois de invadir e passar a noite no interior de um presídio, em Tremembé, no interior de São Paulo. O fato inusitado, já que normalmente são registradas tentativas de fuga das unidades, aconteceu no Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgard Magalhães Noronha, que abriga 2.315 presos do regime semiaberto.

O Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgard Magalhães Noronha, em Tremembé, no interior de São Paulo, abriga 2.315 presos do regime semiaberto Foto: Google Street View

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Ainda não se sabe ao certo como o rapaz conseguiu burlar a vigilância e ingressar na unidade. A presença dele foi notada de manhã pelos agentes penitenciários. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o invasor estava ferido e sangrava muito. A Polícia Militar foi acionada, mas antes da chegada dos policiais o quadro dele piorou e a administração do presídio providenciou sua remoção para o Pronto-Socorro de Taubaté.

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Com fraturas no braço, no dedo polegar e outros ferimentos, ele acabou transferido para o Hospital Regional da cidade, onde passaria por cirurgia. O rapaz ainda será ouvido pela Polícia Civil para explicar o que o levou a invadir o presídio. A suspeita é de que ele tenha levado drogas ou celulares para algum dos presos. Durante a revista feita pelos policiais, nada de ilícito foi encontrado com ele.

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Conforme a SAP, em decorrência da invasão, a unidade foi trancada para revista geral e a ala onde aconteceu o fato está em regime de observação até a apuração do caso. "Cabe enfatizar que, durante rondas de vistorias de praxe, nenhum indício de violação de cercas ou alambrados foi constatado, deixando claro que o invasor escalou os alambrados, vindo a se ferir gravemente nos ouriços de segurança."

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Ainda segundo a pasta, as unidades penais do regime semiaberto não dispõem de vigilância armada, nem são cercada por muralhas. "A permanência do preso, nesse regime, se caracteriza muito mais pelo senso de disciplina e autorresponsabilidade, que propriamente por mecanismos de contenção", informa. 

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