Jovem é atropelada e morta por ex-namorado em Jacupiranga

Jessica Trianoski tinha terminado o relacionamento e vinha recebendo ameaças de Marcos Magno da Cunha Moraes

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Teve morte cerebral nesta segunda-feira, 15, a jovem de 26 anos que foi atropelada pelo ex-namorado, na sexta-feira, 12, em Jacupiranga, no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo. A socorrista Jessica Trianoski tinha terminado o relacionamento com o suspeito e vinha recebendo ameaças. Ela estava a caminho do trabalho quando o carro do ex se aproximou em alta velocidade e a atingiu. O novo namorado e o pai dele que estavam próximos reconheceram o rapaz ao volante.

Jessica Trianoski era técnica de enfermagem e trabalhava como socorrista de uma contratada da concessionária Autopista Régis Bittencourt Foto: Jessica Trianoski/Facebook

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O suspeito abandonou o carro, com marcas do atropelamento, nas cercanias da cidade e fugiu. Marcos Magno da Cunha Moraes é procurado pela polícia.

De acordo com a Polícia Civil, Jessica e Moraes tiveram um relacionamento de dois anos, mas, há seis meses, a jovem decidiu romper a relação. Moraes, que trabalha em uma empresa química, ficou inconformado e teria ameaçado a jovem.

Jessica era técnica de enfermagem e trabalhava como socorrista de uma contratada da concessionária Autopista Régis Bittencourt. Ela ia pegar uma condução para o trabalho e caminhava ao lado do namorado, Carlos Augusto Souza Leite, quando o ex jogou o carro contra eles. Carlos conseguiu se esquivar, mas a jovem foi atingida em cheio.

Ela foi levada em estado grave para o Hospital Regional de Pariquera-Açu, mas não apresentou melhora. Na tarde de segunda, os médicos atestaram a morte cerebral. A família decidiu doar os órgãos.

A Central de Polícia Judiciária de Jacupiranga, que investiga o caso, informou que o advogado do suspeito entrou em contato para informar que ele se apresentaria à polícia. Até a tarde desta terça-feira, 16, isso não tinha ocorrido. 

Moraes deve ser indiciado pelo crime de feminicídio, homicídio qualificado praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. A pena prevista vai de 12 a 30 anos de reclusão.

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Rede social. No dia do crime, Marcos havia compartilhado em seu perfil na rede social Facebook uma mensagem religiosa: "Nunca diga que tudo acabou, diga que Deus está com você e Ele vai te ajudar".

Já a página de Jéssica na rede social foi transformada em memorial. "Esperamos que as pessoas que amam Jessica encontrem alento ao visitar seu perfil, para lembrar e celebrar sua vida", informa o texto.

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